12 de setembro de 2009

O homem elefante


David Linch foi simplesmente único neste premiado filme. Ele transformou a história real de Joseph Carey Merrick (5 de agosto de 1862- 11 de abril de 1890) num dos ícones da história do cinema mundial. No filme, o inglês é John Merrick (John Hurt), portador do caso mais grave de neurofibromatose múltipla registrado na era Vitoriana. Ele tinha 90% do seu corpo deformado. Era considerado um débil mental pela sua dificuldade de falar, até que o sensível médico, Frederick Treves (Anthony Hopkins), o descobriu e o levou para um hospital. A partir daí, o personagem principal se libera emocionalmente e intelectualmente. John mostra-se sensível e consegue recuperar sua dignidade. O filme, apesar da estranheza do tema, é lindo. Quando está no hospital, John conhece a Sra. Kendal (Anne Bancroft), uma grande atriz. Ela e Treves se tornam não só importante para a auto estima do homem elefante como sensibilizaria a coroa britânica para este caso. Mas a vida de John não é tão glamourosa assim. Apesar de amigos que o apoiavam, ele encontra gente querendo fazer o mal. Coisa mais óbvia numa sociedade ainda mesquinha e preconceituosa. O filme, de 1980 foi filmado em preto e branco não por acaso, a obra, de fato pedia tal exercício. A maquiagem, sem sombra de dúvida, é perfeita. Dizem que Lynch chegou a tentar fazê-la, mas desistiu após concluir que não conseguiria de forma satisfatória. Sorte nossa! A maquiagem do homem elefante levava 12 horas para ser feita a cada vez que era aplicada em John Hurt. Esta obra, diria, é obrigatória para os amantes de cinema.