Assim que aportei para uma temporada aqui no Brasil, me falaram tanto desta peça, que fui assistir com muita sede ao pote e vi que não era esta Coca-Cola toda, ou quem sabe uma Brastemp, mas, enfim, depois de tanto tempo sem ouvir o nosso belo e rico português, me dei ao luxo de ir assistir O Melhor do Homem no Teatro Martim Gonçalves em Salvador. Escrita pela dramaturga norte-americana Carlota Zimmerman, em 1991, a peça explora o jogo de sedução e poder entre dois presidiários com muita sutileza e atrações pra lá de explicita. Uma excelente idéia, mas um texto fraco. Senti necessidade de mais vozes orgânicas dos personagens, sejam através de suas gírias ou trejeitos usuais que os presidiários usam. Me senti numa prisão imaginária de ricos. O grupo carioca, radicado na Bahia, Ateliê Voador, investiu nesta montagem de um texto considerado a primeira gay-play (peça gay) que se tornou conhecida no Brasil, em 1995. Os atores fizeram um bom trabalho e o cenário foi bem solucionado. Aliás, diria, a última cena é muito boa, forte e bem trabalhada. O Melhor do Homem se passa em Manhattan, nos Estados Unidos, e fala da relação marginal, sexual, fascinante e excitante entre dois homens ex-presidiários. Apesar de se tratar de duas personagens que vivem um jogo homo-erótico, os personagens não são afeminados, diria que uma bela construção de personagens. Em suma, não a classificaria como uma excelente peça, não é das melhores com certeza, mas, para matar a curiosidade está mais do que indicada.
31 de maio de 2010
O Melhor do Homem
Assim que aportei para uma temporada aqui no Brasil, me falaram tanto desta peça, que fui assistir com muita sede ao pote e vi que não era esta Coca-Cola toda, ou quem sabe uma Brastemp, mas, enfim, depois de tanto tempo sem ouvir o nosso belo e rico português, me dei ao luxo de ir assistir O Melhor do Homem no Teatro Martim Gonçalves em Salvador. Escrita pela dramaturga norte-americana Carlota Zimmerman, em 1991, a peça explora o jogo de sedução e poder entre dois presidiários com muita sutileza e atrações pra lá de explicita. Uma excelente idéia, mas um texto fraco. Senti necessidade de mais vozes orgânicas dos personagens, sejam através de suas gírias ou trejeitos usuais que os presidiários usam. Me senti numa prisão imaginária de ricos. O grupo carioca, radicado na Bahia, Ateliê Voador, investiu nesta montagem de um texto considerado a primeira gay-play (peça gay) que se tornou conhecida no Brasil, em 1995. Os atores fizeram um bom trabalho e o cenário foi bem solucionado. Aliás, diria, a última cena é muito boa, forte e bem trabalhada. O Melhor do Homem se passa em Manhattan, nos Estados Unidos, e fala da relação marginal, sexual, fascinante e excitante entre dois homens ex-presidiários. Apesar de se tratar de duas personagens que vivem um jogo homo-erótico, os personagens não são afeminados, diria que uma bela construção de personagens. Em suma, não a classificaria como uma excelente peça, não é das melhores com certeza, mas, para matar a curiosidade está mais do que indicada.
27 de maio de 2010
Save The Cat
18 de maio de 2010
Um Ramo
Prêmios
Prêmio Descoberta Kodak para Melhor Curta-Metragem no Festival de Cannes - Semana Internacional da Crítica 2007
Festivais
Festival do Rio 2007
Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2007
17 de maio de 2010
Caminho das Nuvens
16 de maio de 2010
Trio parada dura: The Front, Adaptation e Sunset Boulevard
Em Sunset Boulevard (no Brasil, Crepúsculo dos Deuses - 1950), temos um roteirista fugindo de representantes de uma financeira que tentava recuperar o carro por falta de pagamento e se refugia em uma decadente mansão da atriz Norma Desmond.
Já em Adaptation (no Brasil, Adaptação - 2002) um fornecedor de plantas que clona orquídeas raras para vendê-las a colecionadores tem dificuldades naturais da adaptação de um livro em roteiro de cinema. O nome dele é Charlie e ele precisa lidar também com sua baixa auto-estima, sua frustração sexual e ainda de quebra com seu irmão gêmeo que é literalmente um parasita na vida dele e também sonha em se tornar um roteirista.
E por último em The Front (no Brasil, Testa-de-Ferro por Acaso - 1976), o personagem de Woody Allen emprestar o seu nome aos roteiristas perseguidos pelo macartismo.
O mais engraçado é que nas três histórias os roteiristas são definidos com caráter duvidosos, são tímidos, anti-sociais, fracos, doentes, diria, e mais um par de mazelas que encontramos no decorrer dos acontecimentos. Talvez algo do tipo “se me descrever perfeito, ninguém vai acreditar e não será interessante”. Do ponto de vista criativo são histórias interessantes com uma rica construção de roteiro. E se quiser compará-las, seria ótimo assistí-los um atrás do outro. Então, divirta-se!
15 de maio de 2010
Velha História
Prêmios
Melhor Fotografia de Filme Estudantil no ABC - Academia Brasileira de Cinematografia 2004
2º Lugar - Júri Popular no Anima Mundi 2003
Prêmio Porta Curtas no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2004
Melhor Animação no Festival Primeiro Plano 2003
Melhor Animação no Festival Amazonas Filmes 2003
Menção Honrosa no Festival de Curtas de Belo Horizonte 2004
14 de maio de 2010
O Lençol Branco
Prêmios
Destaque em Expressão Poética no Festival Brasileiro de Cinema Universitário 2004
Festivais
Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2004
9 de maio de 2010
Raising Arizona
7 de maio de 2010
Como Água para Chocolate
6 de maio de 2010
Of Mice and Men
2 de maio de 2010
Red Shoes e Robot
Red Shoes
Red Shoes não era para ser Red Shoes, o roteiro veio por acaso e se criando (ou sendo produzido) no susto e na necessidade de cumprir tal tarefa. E então, nasceu Red Shoes. A primeira idéia, no primeiro dia desta semana de aula, era construi um short film em que uma menina tenta explodir a sua própria escola (essa idéia foi baseada num destes emails de piadas que rola pela Internet). E então, veio a noticia do meu professor “tem que ser um filme mudo, sem diálogos”. Detestei! Minha primeira idéia foi por água abaixo. Mas, beleza, não tinha me sentido derrotada. Sacudi a poeira e comecei a pensar no que seria uma segunda idéia. E então nasceu o que chamei de “7 dias”. A intenção, desta vez, era contar em 7 dias, a história de um velho e seu jovem vizinho, em que o velho através do jardim que cuidava, ensinara para o vizinho seus segredos de vida. O velho morreria na película, mas o vizinho continuaria cuidando do jardim. Então, veio a segunda descoberta: no set que iríamos filmar dentro da Universal era o set de Western, ou seja não tinha jardim e, muito menos velho para atuar. Esqueci a idéia, respirei fundo e pensei num terceiro plano. E daí nasceu Red Shoes em sua primeira versão. Ufa! Já estava ficando cansada... Sim, caros amigos, ser estudante de roteiro não é fácil. A primeira versão de Red Shoes contava a história de uma mulher amargurada que ao se deparar com uma fonte de água e rezar para Deus, sapatos vermelhos cairiam do céu para tentar acalentar o sofrimento dela. Então, assim que experimentava o calçado, ela se tornara uma menina e com a leveza de uma criança, entraria na fonte de água e veria que percalços na vida existem, mas eles podem ser transpostos. No final do filme, ela voltaria a ser a mesma mulher em corpo, mas com a leveza e candura de uma criança em sua alma. Aí, vieram as notícias: não tinha criança no casting de atores*** e a fonte, que supostamente tinha no set, valeria a regra que (eu só saberia no dia da filmagem): quem chegasse na fonte primeiro, filmaria. Ou seja, em outras palavras, se eu quisesse a fonte, mas alguém já tivesse usando, eu não poderia usá-la, teria que escolher outro local do set. Então, naquele momento, eu já tinha clicado o botão do “foda-se” e com todo o planejamento de cenas e roteiro escrito na minha mão, tive que recriar pela “enézima” vez o último roteiro, sabendo e respeitando que: o meu grupo recebera um ator e uma atriz para trabalhar, a fonte já estava ocupada, e teríamos que filmar três curtas em um único dia, tendo um profissional de cinema que a faculdade nos disponibilizou para supostamente nos dar suporte, que além de não tê-lo feito, ficava a cada cinco minutos nos dizendo “falta ‘tantos’ minutos para vocês terminarem a gravação”. Então, em suma, minha mulher virou um homem que mesmo sem a fonte de água****, experimentou a leveza e a candura de ser por alguns instantes: mulher! Fazendo uma auto-crítica do meu trabalho, eu poderia dizer que: a idéia é boa, mas a direção é mediana. O filme começa com diversidade de ângulo de câmera, mas a criatividade do meio para o final é estática. Também não conseguiu tirar o melhor que pode dos atores. A atuação destes ficou a desejar. O ator ainda um pouco melhor, mas a atriz totalmente perdida. A edição (oh! meu Deus) um verdadeiro desastre e a produção ficou a desejar. Enfim, dizem que quem está na chuva é pra se molhar, então, posso dizer que me molhei por completo, fui batizada. E, para falar a verdade, descobri que a minha onda mesmo é escrever, nada além disso... pelo menos por hora! De qualquer forma, mesmo não amando o resultado final, valeu muito à pena este trabalho e, o fato de descobrir que eu estou trilhando o caminho certo, já é tudo de bom. Bem, caros leitores, espero que gostem e se divirtam um pouco.
Robot
Antes de comentar Robot eu gostaria de deixar claro que Pietro Schito é um jovem roteirista italiano por demais talentoso. Os roteiros dele são impecáveis e quando estamos em classe na leitura de nossos screenplay, ele sempre contribui com brilhantes idéias para os scripts dos outros colegas. E, eu acho que com Robot, particularmente, ele conseguiu uma idéia original e com muito senso de humor. Então, vale à pena conferir, pois eu amei o resultado! Se não tiverem a mesma opinião que a minha, fiquem livres para me escrever e comentar o que acharam....
* Sim, porque o objetivo do curso não é esse, mas sim escrever para longas!
** Isso é um dos processos da revisão de roteiro.
*** Na NYFA usamos alunos que fazem o curso de interpretação para atuar nos nossos short films.
**** E sem a maioria dos materiais que tinha pedido ao departamento de produção.