9 de outubro de 2010

A Serious Man


Para os mais desavisados, a comédia A Serious Man (no Brasil chama-se Um Homem Sério, 2009) é dos irmãos Coen. Dito isto, a audiência deve ter em mente que eles têm um estilo e humor muito peculiar e nem sempre é de agrado do público em geral. O que torna o filme mais pessoal e mais cinema, sem esta insanidade desenfreada de correr atrás de prêmio de Oscar para provar que eles são bons e nasceram para a coisa. Mas, gosto deles e do jeito de pensar, posso já ir adiantando. A película é ambientada em 1967, dentro de uma família judia, na qual Larry Gopnik (Michael Stuhlbarg) é um professor universitário de física que vê sua vida perder o controle quando sua esposa Judith (Sari Lennick), anuncia que quer o divórcio e diz que está apaixonada por um de seus amigos, Sy Ableman (Fred Melamed). Larry Gopnik passa por várias situações inusitadas: sofre ameaças e sabotagens no trabalho, recebe tentativas de suborno dos alunos, é roubado pela própria filha e é provocado por uma vizinha que se bronzeia nua. No meio de toda essa confusão, Larry procura três rabinos para aconselhá-lo. Os irmãos Coen, na verdade, resolveram com este filme se aproximar de sua herança judia. Fizeram um filme sobre o pai deles, relembrando situações e casos que nem todos vão decifrar. Muitas das alusões no filme são bíblicas, por isso que eu acredito que o tema da película permea na fé de cada um e nos questionamentos que temos sobre ela. O filme começa com uma história sobre dybuk (almas penadas)... Não tem pé, nem cabeça, pode ou não ter relação com o resto do filme, mas é engraçada. Já ouvi dizer que com este filme é como se os Coen tivessem virado o Woody Allen do avesso. O filme, em suma, é bem inteligente, e, o final é surpreendente!