29 de novembro de 2010

The Miracle Worker


O clássico de 1962 The Miracle Worker que no Brasil chama-se O Milagre de Anne Sullivan é delicado, sensível e tem uma história que fala de persistência e superação com um roteiro impecável. Aqui, eu não posso deixar de destacar as atuações das atrizes Anne Bancroft e Patty Duke, principalmente esta última que dá um show de interpretação até mesmo pela própria idade que tinha e o personagem que tivera que desenvolver. Não é por menos que ambas ganharam os Oscar de Melhor Atriz e de Melhor Atriz Coadjuvante respectivamente. A curiosidade é que Anne Bancroft, já falecida, só tinha feito papéis como coadjuvante até que se revelou nesta película como atriz principal. E Patty Duke, em 1979, atuou como Annie Sullivan em uma produção para TV com o mesmo nome do filme. Curiosidades à parte, na história temos a incansável tarefa de Anne Sullivan, uma professora que com seus dramas particulares e métodos nada ortodoxos tenta ensinar a garota cega, surda e muda Helen Keller a se adaptar e entender um pouco a vida que a cerca. Lógico que o trabalho não poderia ser tão fácil, a garota além de mimada pelos pais, sempre foi tratada como um animal. Para realizá-lo, ela entra em confronto com os pais da menina, que sempre sentiram pena da filha sem nunca terem lhe ensinado algo nem lhe tratado como qualquer criança. Aliás, diria também que os personagens dos pais foram bem construídos e são orgânicos. Um belo drama que, por irônia ou não, me faz lembrar e filosofar sobre os diversos sons da vida.

28 de novembro de 2010

A Ostra e o Vento

Que tal relembrarmos um pouco do cinema nacional com um dos filmes mais poéticos dos últimos tempos, seja pela sua história e ainda seja pelas brilhantes atuações. Aliás, atuações pra lá de impecáveis com um elenco escolhido a dedo pelo diretor Walter Lima Jr.: Lima Duarte, o saudoso Fernando Torres, Leandra Leal, Debora Bloch, Castrinho e Floriano Peixoto. Aliás, um destaque aqui para Leandra Leal que neste filme foi premiada por sua interpretação nacionalmente e internacionalmente. Atuação valorosa, diria. A Ostra e o Vento (1997) nos conta a história da jovem Marcela que vive com seu pai, o faroleiro José e o velho Daniel numa ilha. O único contato da menina com o mundo exterior se dá através de uma embarcação com 4 marinheiros que regularmente vai levar-lhes provisões. Através das palavras de Daniel, que a ensina a ler e sua fonte de ternura e conhecimento, e da severidade do pai, que quer protegê-la do resto do mundo, Marcela segue sua vida até que, ao tornar-se adolescente, passa a sentir sua sexualidade e seus anseios de viver de forma intensa. Com uma estrutura clara e precisa, o filme tem conflitos fortes, personagens complexos e bem construídos. Além das atuações, tenho que destacar aqui a adaptação do roteiro, fotografia e a direção. As passagens de cena do passado e presente foram feitas com primazia. Não é à toa que a película ganhou tantos prêmios, tais como, Melhor atriz (Leandra Leal) no Festival de Cinema Brasileiro de Miami 1998 (EUA); Prêmio do Público, Prêmio Especial do Júri (Fernando Torres), Fotografia, Melhor Direção, Melhor Montagem e Melhor Filme no Festival do Recife 1998; Melhor fotografia, filme e atriz revelação (Leandra Leal) no Troféu APCA 1998; Prêmio CinemAvvenire no Festival de Veneza 1997 (Itália)e; Troféu Don Quixote no Festival International de Films de Fribourg 1998 (Suíça).

26 de novembro de 2010

Capítulo 23

Passada algumas semanas, no meio de tanta correria com a solicitação de visto de estudante, busca de curso de moda em Nova Iorque, Sofia resolveu parar e ligar para Marcos. Preciso dar uma relaxada... Do outro lado da linha, Marcos atendia ofegante, mas parou quando ouviu o sonoro “Oi, Marcos, é Sofia. Tudo bem? Estou atrapalhando alguma coisa?”. É lógico que Sofia com a mente poluída que tinha, só podeia pensar besteiras, achando que o rapaz estivesse entretido em alguma atividade física mais interessante. Marcos parou de andar de skate e riu. “Lógico que para minha Deusa eu tenho todo o tempo do mundo”. Sofia arregalou os olhos. “Deusa?!”. Mas que coisinha mais brega. É óbvio que ele tinha que ter algum defeito, mas enfim, suspirou e caíu na real. Pensou: ok, Sofia, você só está interessada no corpo dele e ele no seu. Então, pára de buscar o homem perfeito e vai curtir um pouco... Marcaram um encontro, que ela entitulou carinhosamente de “O encontro do abate”, sem luz de velas ou muita cerimônia, mas eficiente.

O encontro teria sido perfeito, se não fosse um porém. No meio do rala e rola, Sofia, sem cerimônias, deixou escapar um peido. “Ai, que horror!!! Jesus Cristo, que merda...E agora?”. Ficou com os olhinhos revirando pensativa no que iria fazer. Marcos, muito delicadamente, fingia não saber o que estava acontecendo, mas sabia exatamente o que se passara. Como ele não falou nada e a flatulência não tinha odor, ela resolveu fingir que nada tinha acontecido e foi em frente com a brincadeira sexual.

Marcos parou o carro em frente a casa dele e caminhou com Sofia até a casa dela. Sofia podia ouvir os latidos de Brasileiro dentro de casa. Brasileiro era ciumento e, ao perceber a presença do rapaz do lado de fora, incontrolado, corria de um lado para o outro de casa latindo alto. Ia acordar os vizinhos. Sofia não queria que soubessem da aventura dela com Marcos. Brasileiro sou eu, calma. O latido ia diminuindo aos poucos quando o cão sentiu o cheiro de sua dona. E, então, sem menos esperar, Marcos roubou um beijo de Sofia. Ah! Tá bom, agora só falta ele pegar na minha mão...pensou. Mas o beijo estava gostoso, diferente, amaciava sua boca, então, ela achou por bem deixar rolar. E, então, Marcos, mesmo com aquele jeito de meninão envergonhado, olhou nos olhos de Sofia e pegou na mão dela. “Quando vamos nos ver?”. Ai, meu Deus, a coisa já tá querendo ficar séria... Sofia suspirou fundo e apenas respondeu para ele um “quando der”. A desilusão na cara de Marcos era visível. Então, ela para se sentir menos vilã na história, disse um “ou quando você quiser”. Ele sorriu, um sorriso disfarçado. E Sofia emendou: escuta, Marcos, daqui há um mês eu tô indo viajar. Vou passar um ano fora. Não seria prudente nos comprometermos com algo agora... Marcos apenas concordou com a cabeça e saiu. Eles não falaram mais nada um para o outro. Sofia entrou em casa e fez festa para Brasileiro. Ela parou por alguns segundos e se questionou se tinha sido muito fria e direta com o rapaz...mas imediatamente, preferiu responder a si só que não, que apenas tinha sido sincera e honesta, coisa que Morrice não o tinha. Putz, aquele cara de novo nos meus pensamentos...Preciso rezar! Sofia foi para o quarto trocou de roupa e rezou antes de dormir.

25 de novembro de 2010

Conversa sobre terapia

O livro Conversa sobre terapia de Bilê Tatit Sapienza é envolvente. Numa linguagem fácil , a autora nos transporta para consultórios psicoterapêuticos e numa profunda meditação filosófica nos envolve sobre o assunto: a cerca deste oficio de trabalho, da relação entre paciente e terapeuta, bem como da responsabilidade deste tipo de terapia. Ela, simplesmente, nos enlaça de forma clara e direta. É como se todos os sentimentos tivessem o direito de frequentar tal sessão literária. Sessão mais do que cultural, diria. O tom de intimidade alcançado pela autora é singular, o que, aliás, deixa qualquer leigo entrar e sentir-se à vontade nas entrelinhas de Bilê. É um livro para uma sentada, quando você se atenta, percebe que já terminou de lê-lo. Não precisa ser um expert para se deliciar nas 160 páginas deste. Vale à pena.

24 de novembro de 2010

The Last King of Scotland

The Last King of Scotland (no Brasil chama-se O Último Rei da Escócia) é um filme e tanto. Uma excelente estrutura, bons diálogos e um grande argumento. Sem contar com a fotografia e direção. Ma-ra-vi-lho-so! Ou seja, em outras palavras, parada obrigatória para os cinéfilos. Nicholas Garrigan (James McAvoy) é um jovem médico escocês, que deixou recentemente a faculdade e decidiu ir para Uganda em busca de aventura, romance, alegria, e, obviamente, por poder ajudar um país que precisa muito de suas habilidades médicas. Após uma espécie de comício, Nicholas é solicitado para assistir o líder recém-empossado do país Idi Amin (Forest Whitaker), que sofreu um acidente quando atropelou uma vaca com seu Maserati. Nicholas consegue dominar a situação, o que muito impressiona Amin. Obcecado com a cultura e a história da Escócia, Amin se afeiçoa a Nicholas e lhe oferece a oportunidade de ser seu médico particular. Com esta oferta, Nicholas irá descobrir um dos mais terríveis ditadores da África. Um filme incomum. A atuação de Forest Whitaker dá um toque especial a película.


23 de novembro de 2010

The Town

Não é a primeira vez que Ben Affleck dirige um filme, mas em The Town (que no Brasil é chamado de Atração Perigosa, 2010), ele mandou muito bem, podemos afirmar. O filme, que apesar do título ridiculo, trata-se de uma adaptação do romance The Prince of Thieves, de Chuck Hogan e fala dos assaltos a banco que acontece no bairro de Charlestown. Aliás, como curiosidade, neste bairro, todo ano mais de 300 assaltos a banco acontecem em Boston. uma marca ínacreditável. Um destes assaltos é comandado por Doug MacRay (Affleck), um líder de um grupo de inescrupulosos assaltantes de banco, que se orgulham de roubar tudo o que querem e sair impunes. A única família que Doug conhece são seus parceiros de crime, especialmente Jem (Jeremy Renner), que, apesar do seu temperamento perigoso e explosivo, é alguém que Doug pode chamar de irmão. Aliás, diria que um personagem maravilhoso e muito bem construído! Mas como o destino prega peças, tudo muda no último trabalho da gangue. Ao fazerem a gerente de banco Claire Keesey (Rebecca Hall) de refém, acabam por descobrir que ela mora em Charlestown. Jem, então, se enfurece e resolve descobrir o que ela pode ter visto durante o assalto, mas Doug assume o comando. Ele procura Claire, e os dois avançam num relacionamento com muita paixão, e, então, ele decide deixar o crime. Do outro lado, John Hamm (ele fez Mad Man) é o agente do FBI que caça os ladrões. O roteiro foi escrito pelo próprio Affleck baseado numa primeira versão de Peter Craig e Hogan. O filme é um pouco longo, mas bom. Tem ação, conflito, drama...um pouco de tudo.


22 de novembro de 2010

Diana Ross


Diana Ross esteve ontem no Hard Rock Live na Florida para mostrar porque veio ao mundo. E cantou! Aos 66 anos, a Diva não só cantou, mas encantou todo o seu público, a maioria já com alguns cabelos brancos à vista, que remexiam-se seus corpos revivendo os maiores sucessos dela da década de 80. Um arraso! Uma voz belíssima com figurinos encantadores e luxuosos. Diana estava em excelente forma, diga-se de passagem. A banda, sejamos justos, foi um show à parte. Uma noite maravilhosa, tudo perfeito. Quando ela for ao Brasil, não hesite, faça-se presente e divirta-se muito.

20 de novembro de 2010

The Princess and the Frog


Em The Princess and the Frog (2009, no Brasil A Princesa e o Sapo) é a primeira película da Walt Disney Pictures que tem uma personagem negra como protagonista. Com um pouquinho de clichê e todas as regras para se escrever um roteiro da Disney, a história de amor de Tiana é ambientada na lendária cidade de Nova Orleans. Musicada, a película, traz os místicos pântanos da Louisiana e às margens do poderoso rio Mississippi um crocodilo cantor, com toques de vudu e os encantos da cultura Cajun. A princesa e o seu futuro amor irão construir sua história de amor como sapos para, depois, virarem seres humanos e concretizarem o verdadeiro amor. O roteiro não tem nenhuma surpresa que o faça grande a ponto de considerarmos ele um filmaço, a não ser o fato da protagonista ser negra. Mas dá para divertir, com certeza, principalmente as crianças. A trilha sonora é excelente, mas o fato de remeter a Nova Orleans, berço do Jazz, não esperaríamos algo diferente. Então, fica aqui a dica para o final de semana.

19 de novembro de 2010

El Crimen del Padre Amaro

El Crimen del Padre Amaro (2002) é uma película mexicana baseada e muito bem adaptada à novela de Eça de Queiroz que no Brasil chama-se O Crime de Padre Amaro. A estrutura da história é magnifica, algo bem com a cara do romancista português. A adaptação da história foi tão bem feita e tão acertiva que fez do filme um dos destaques do cinema mexicano. Fora isso, as atuações e trilha sonora são muito bem resolvidas. O jovem padre Amaro (Gael García Bernal) é ordenado e em breve irá para Roma continuar seus estudos, graças à boa relação que mantém com o bispo. Antes, ele deve trabalhar em uma paróquia de uma cidadezinha chamada Los Reyes para atuar sob as ordens do padre Benito (Sancho Gracia). Um vigário, diria, que aparentemente vive uma existência corrupta e contraditória. Amaro conhece a linda e devota Amelia (Ana Claudia Talancón), filha de Sanjuanera (Angélica Aragón), dona do restaurante mais importante da cidade e, também, como nada é perfeito, amante do padre Benito. Diante do mundo real, ele é confrontado com a hipocrisia da Igreja, que condena as guerrilhas mas convive com chefes do tráfico de drogas. Muito drama e conflitos de deixar qualquer cinéfilo de boca aberta. É um filme com parada obrigatória.


18 de novembro de 2010

Winter's Bone

O filme Winter's Bone (2010), ainda sem nome e data definida para chegar ao Brasil, ganhou o último Festival de Sundance com duas premiações: melhor filme dramático e melhor roteiro. E não é para menos, o roteiro é bem escrito e a personagem principal, que é interpretada por Jennifer Lawrence, é bem construída e seus conflitos são bem embasados. A película fala sobre uma intrépida adolescente em Ozark Mountain, Ree Dolly, que ao procurar seu pai desaparecido entra no perigoso terreno social do tráfico de drogas. E não é para menos, seu pai era um traficante. Sem muitos clichês sobre o assunto, o filme mostra muito mais a força e a perseverança desta jovem de 17 anos que além disso, tenta manter sua família intacta: dois irmãos pequenos e a mãe doente. Dizem as más linguas que, depois de Toy Story 3, esse é o filme mais adorado pela crítica americana em 2010. Vamos esperar para ver o que acontece no Oscar, então. A performance de Jennifer é um ponto forte no filme, até mesmo pela complexidade de sua personagem. Talvez ela também vá para o Oscar, enfim, vamos esperar pra ver. Enquanto o filme não vem, dá uma espiadinha no trailer...e divirta-se!

15 de novembro de 2010

Almost Famous


O filme Almost Famous (Quase Famosos, 2000) tem uma estrutura de história boa, cenas pouco marcante e, talvez por isso não valeria um Oscar. Mas os personagens, por outro lado, são bem construídos e são autênticos. As atuações dos atores são na medida, mas em especial Frances McDormand faz uma atuação imponente, diria. Ela interpreta Elaine Miller, uma mãe vigorosa, às vezes rabugenta, mas, com toda certeza, extremamente zelosa por seus filhos. Este personagem, em particular rouba a cena em todos os momentos que surge. A película nos conta a história de um fã ávido por rock'n'roll que consegue um trabalho na revista americana Rolling Stone, para acompanhar a banda Stillwater em sua primeira excursão pelos Estados Unidos. Porém, quanto mais ele vai se envolvendo com a banda, mais vai perdendo a objetividade de seu trabalho e logo estará fazendo parte do cenário rock dos anos 70. Detalhe, este fã é apenas um adolescente que gosta de escrever, daí a ironia do filme. Também não podemos deixar de prestar atenção na trilha sonora que é acertiva. O final do filme é singular.

14 de novembro de 2010

Simon's Cat

Simon's Cat em três versões maravilhosas. Na primeira "Cat Man Do" nos deliciamos com um dono dorminhoco e, com o jeito meio-carinhoso e meio-sacana do gato ao tentar acordá-lo.





Na segunda pelicula "Fly Guy", podemos perceber que o ruído do gato na película ao tentar pegar uma mosca é exatamente o ruido de um gato real. Quem tem, se identificará, e por isso, tamanha organicidade do roteiro e direção.





Na terceira versão "TV Dinner", o gato só não ocupa mais espaço porque não pode. Em todas as versões o dono é um panaca. Maravilhoso! Vale à pena entrar no site dele e ver mais perólas como estas.




13 de novembro de 2010

Hostel

Eli Roth foi muito feliz em escrever o roteiro e dirigir Hostel (ou O Albergue no Brasil, 2005), uma obra prima do terror sem sombra de dúvidas. A temática foi bem explorada e você realmente não tem dúvidas de como os seus sentimentos são explorados. Na história, Paxton (Jay Hernandez) e Josh (Derek Richardson) são dois mochileiros universitários americanos, que decidem viajar pela Europa em busca de experiências que entorpeçam os sentidos e a memória. Durante a viagem eles conhecem Oli (Eythor Gudjonsson), um islandês que passa a acompanhá-los. Seduzidos pelos relatos de outro viajante, eles decidem ir a um albergue particular em uma cidade desconhecida da Eslováquia que é descrito como um verdadeiro nirvana. Lá eles conhecem Natalya (Barbara Nadeljakova) e Svetlana (Jana Kaderabkova), duas beldades locais que se interessam por Paxton e Josh. Empolgados com as experiências novas que vivem, eles logo descobrem que nem tudo na cidade é a maravilha aparente. O filme é tenso, as cenas são bem construídas e os conflitos dos personagens mudam com uma necessidade drástica. Precisa de estômago para assistí-lo, mas ainda assim, vale à pena pela tensão proporcionada.



12 de novembro de 2010

How to Train your Dragon

How to Train your Dragon ou Como Treinar o seu Dragão (no Brasil) do ano de 2010 é um encanto. Primeiro porque a produção foi bem feliz no design do dragão. Ele com o seu olhar conquista crianças, adultos e idosos. Aliás, quem tem gato, vai perceber semelhança com alguns, principalmente quando este se torna manhoso. Um sucesso de público que é um dos fortes candidatos ao Oscar de Animação. A história é do adolescente Hiccup (no Brasil ele chama-se Soluço). Um viking que não combina muito bem com a longa tradição de sua tribo de heróicos matadores de dragões. Seu mundo vira de cabeça para baixo quando ele encontra Toothless (no Brasil chama-se Banguela), um dragão que desafia tanto ele quanto seus amigos a encararem o mundo a partir de outro ponto de vista. Uma delícia de ironia! Ao se tornar amigo de um dragão ferido, seu mundo vira de cabeça para baixo, e o que teve início como a chance de Soluço provar do que é capaz acaba virando uma oportunidade de criar um novo rumo para o futuro de toda a aldeia. O belo roteiro é de William Davies e Cressida Cowell. Como curiosidade, nos EUA, Gerard Butler fez a voz do pai de Soluço. Uma boa pedida para o final de semana. Veja o trailer!


10 de novembro de 2010

Capítulo 22

Retocou a maquilagem e foi em busca do brinco de ouro, não o via a tanto tempo que achou que tivesse perdido, mas, quando Sofia abriu a caixinha feita de capim dourado lá estava ele. O brinco imitava um dedo amassado. Lindo! Ao pegá-lo, seus dedos foram de encontro a chave com laço vermelho. Caramba, já se passaram quase quatro meses do acontecido. Pensou, mas não quis ir à fundo no pensamento. Largou a chave do apartamento de Morrice no mesmo lugar e apenas fez as contas de que também tinham exatos quatro meses que evitava encontrar com Kai e Manu. Evitava-os com as desculpas mais esfarrapadas do mundo. Algumas sem pé nem cabeça, mas os amigos fingiam acreditar. Sabiam que ela precisava daquele tempo só. No tempo de reclusão, Sofia só fazia andar com Brasileiro pela vizinhança e trababalhar. Não ia a um shopping, muito menos a um restaurante, festas ou teatro. Estava levando uma vida de “come e dorme”. Como toda mulher, tinha medo de engordar, mas não engordava de ruim que era, todos diziam. Sofia lembrou: estava atrasada.

No restaurante, Kai e Manu já esperavam por ela com algumas doses de caipirinha na cabeça. O trato era: só vocês no encontro. Nem Heitor e muito menos Keka deveriam estar presentes. Ainda estou me refazendo. Kai e Manu toparam. Fazer o quê? Os amigos receberam-na com carinho. Você está linda Sofia! Confidenciou Kai. A filha da puta nem engordar não engorda.... complementou Manu. E, em tom de brincadeira, Sofia alfinetou: Bem, se eu contar que até o pilates parei de fazer, vocês acreditam? Os três almoçaram e, como nos velhos tempo deram muita risada. Agora estou nova, refeita, vou partir para outra. Manu foi logo perguntando se tinha alguém na jogada. Não, não tinha. Vou passar três meses fora do Brasil. Anúnciou sem meias palavras.

Decidi que vou para Nova Iorque. Vou aperfeiçoar meu inglês e de quebra reciclar meus conhecimentos na moda. Isso é uma segunda fuga, Sofia? Kai foi direto ao ponto. Não. Não irei mais fugir de nada meu amigo. O garçom, então, se aproximou e entregou um guardanapo para Sofia. Ela abriu, leu e sorriu. Como nos velhos tempos... disse Manu. Sofia sorriu e confirmou: “verdade. Um nome e um telefone. Até que ainda dou para o gasto”. A risada de todos veio à tona.

Sofia se levantou para ir ao banheiro. Ao sair, lavou as mãos na pia conjugada entre os banheiros masculino e feminino, tirou o guardanapo do bolso e jogou na lata de lixo. Um rapaz alto e descolado, expondo seus bíceps e tríceps com a camiseta colada no corpo se aproximou dela e sem nenhum rodeios disse: “depois deste gesto, eu posso com certeza perder as esperanças de ter uma chance contigo?”. Sofia se virou e deu de cara com Marcos, filho da sua vizinha Yara. Gagejou um pouco para falar o nome do rapaz. Puta que pariu, este menino tá cada vez mais gato. Pensou, mas não disse nada. Mas, enfim, acabou por sair algo do tipo “oi Ma-Marcos”. Saiu aos trancos e barrancos, mas de forma doce. Os dois se entreolharam e riram. Fudeu! Pensou Sofia sem nenhum rodeio.

Marcos engatou um papo meio infantil de que já estava com dezoito anos e que tinha acabado de entrar na universidade de engenharia etc e tal. Mas Sofia só conseguia olhar para o corpo do rapaz e pensar consigo mesma que ele já não era mais de menor. Então, aquele era seu telefone? Perguntou Sofia apontando para a lata de lixo. Marcos balançou a cabeça positivamente enquanto caminhavam em direção ao bar do restaurante. Então Sofia, sem o menor pudor, pegou uma caneta no balcão, colocou seu pé sob a base da base de uma das cadeiras do bar, entregou a caneta para Marcos, suspendeu um pouco sua saia e disse: “coloca seu telefone de novo aqui. Assim, tem menos chances dele se perder”. Marcos ficou atônito sem reação alguma olhando para Sofia. Vai coloca! Incentivou ela. Ele, meio sem graça, anotou na perna de Sofia o telefone e continuou sem dizer nada. Eu te ligo, pode deixar! Ela voltou à mesa enquanto Marcos ainda olhava para ela sem nenhum expressão, ou, com a expressão mais boba que um homem possa ter.

6 de novembro de 2010

Zach Ashton

O músico Zach Ashton é além de um surfista de carteirinha um talento do folk, reggae e óbviamente surf music. As músicas são leves e gostosas. Também não é para menos, o moiçolo tem uma vida que pediu a Deus, nasceu na costa da Flórida e viajando pelo mundo absorve os mais variados ritmos facilmente, inclusive, pasmem, o nosso samba e bossanova. Tanto talento é explicável pelo seu "autodidatísmo". Ashton se apresentou ao mundo musical pela primeira vez com sua banda Clay Feet, algo tipo rock-eletrônico-gótico. Em 2002 lançou seu primeiro álbum Under the Blanket of the Sky, e, em 2004, gravou no Brasil o álbum Mellow Dia. Que tal ouví-lo um pouco?

5 de novembro de 2010

Natalie Merchant

De origem italiana e irlandesa, a cantora norte-americana Natalie Merchant, diga-se ex-integrante da banda de rock alternativo 10,000 Maniacs, traz no seu último álbum um repertório pra lá de diversificado. Vai do folk ao country, do bluegrass e até pop psicodélico. O máximo para quem curte este tipo de pegada. Liricamente, há de tudo, pode se preparar. É simplesmente, digamos, uma adaptação musical para textos de poetas clássicos e contemporâneos. Vale à pena escutá-la, pelo menos uma vez na vida. Aqui na música Kind and Generous.


2 de novembro de 2010

Victory

Em Victory (no Brasil chama-se Fuga para Vitória, 1981) três gratas surpresas: a primeira é ver Silvester Stallone e Pelé contracenando. A segunda é ver um filme em que usa como pano de fundo o futebol (com alguns dos melhores atletas do futebol da época na película) para falar de política e planos de fuga num campo nazista de prisioneiros. E, por fim, toda a coreografia do filme no que se refere as jogadas do futebol são assinadas também pelo nosso rei. Um bom roteiro, mas com algumas pequenas falhas imperceptíveis para o grande público o torna um bom filme, mas nada além disso. Victory acontece na época da Segunda Guerra Mundial, em um campo alemão de prisioneiros de guerra o major Karl von Steiner (Max Von Sydow), que já tinha pertencido à seleção alemã de futebol, tem a idéia de fazer um jogo entre uma seleção dos prisioneiros aliados, liderados pelo capitão John Colby (Michael Caine), um inglês que era um conhecido jogador de futebol. Colby também teria a tarefa de selecionar e treinar o time, para enfrentar o time alemão no Estádio Colombes, em Paris. Enquanto os nazistas, com exceção de Steiner, planejam fazer de tudo para vencer o jogo e assim usar ao máximo a propaganda de guerra nazista, os jogadores aliados planejam uma arriscada fuga durante a partida.



1 de novembro de 2010

A História da Calcinha

A película A história da calcinha conta de forma irreverente a história dessa peça de roupa, ao longo do tempo, até os dias de hoje. Tem um bom texto e uma narração incrível. Cumpre o papel proposto. Vale à pena assistir!




Prêmios

Melhor Curta de Animação no Festival Latino de Campo Grande 2001

Festivais

Anima Mundi 2001
Festival Internacional de Animação de Seul 2002
Festival Mix Brasil 2001
Mostra Internacional del Cinema de Animación 2001
Vitória Cine Vídeo 2001
Brazilian View Film Festival 2005
FAM - Florianópolis Audiovisual Mercosul 2001
Festival de Cinema e Vídeo de Curitiba 2001
Jornada de Cinema da Bahia 2001
The New York Lesbian & Gay Film Festival 2002
Cobal Drive-Inn 2004
Festival de Varginha 2003
Festival Guaçuano de Vídeo 2001
Mostra Múmia 2003