31 de março de 2011

Dick Cooley

O apelido dele é "Sparkplug Man" ou algo como o "Homem da Vela de Ignição" (se fossemos traduzir ao pé da letra), mas Dick Cooley é mais do que isso. Além de reciclar o que podemos chamar de lixo, ousa em sua criatividade com metais dos mais diferentes tipos. Qualquer um deles, sem preconceito... Cooley é um ex-soldador e tomou gosto pela coisa após um curso de solda em um colégio técnico local, há 27 anos atrás. Nos destaques abaixo, temos algumas de suas criações. Em BackHoe a concha de feijão vira uma escavadeira.

Em Toaster Camper, podemos nos deleitar com os detalhes que, no todo, faz uma enorme diferença.


E, para finalizar, em Weber Grill ficamos até com vontade de comer o churrasco deste Chef.

The Doors

A película The Doors (1991) - mesmo nome no Brasil - tem drogas, sexo e rock in roll, mas com a atuação de Val Kilmer fica ainda mais interessante. Aliás, com todo o respeito, o ator, nesta película, estava uma delícia. O roteiro é esperado, nada que nos surpreende. A música é surpreendente, óbvio...The Doors, não?! A direção não surpreende mas conta a verdadeira história da famosa banda dos anos 60. A ascensão de Jim Morrison (Val Kilmer), vocalista da banda de rock The Doors. Em meio ao sucesso e o uso indiscriminado de drogas, Morrison se relaciona com Pamela Courson (Meg Ryan) e com a jornalista Patricia Kennealy (Kathleen Quinlan), uma mulher mais velha que adota o sadomasoquismo.


30 de março de 2011

Memento

Memento (2000) que no Brasil chama-se Amnésia é um drama louco. Para entender precisa prestar bastante atenção. Um roteiro acertivo, primoroso e com boa evolução na história. Uma excelência de direção. Na história, um ladrão ataca um casal, terminando por matar a mulher e deixando o homem à beira da morte. Porém, ele sobrevive e a partir de então passa a sofrer de uma doença que o impede de gravar na memória fatos recentes, o que faz com que ele esqueça por completo o que acontece poucos instantes antes. A partir de então ele parte em uma jornada pessoal a fim de descobrir o assassino de sua mulher para poder vingá-la.


29 de março de 2011

Lynden Saint Victor

Se você olhar para estes quadros pintados em tintas à óleo, você dirá que Lynden Saint Victor deve ter estudado nas melhores escolas de arte do mundo, mas não, o cara é autodidata. Numa mistura do real com o surreal traz graça e majestade aos seus personagens. Em Desdent of Sophia podemos ver beleza e sensualidade, mas muita história pra contar.

No quadro Order temos simbolismos por todo o canto, olhe no detalhe do detalhe.


E, por fim, em Chaos transpõe as barreiras do imaginário. Uma graça!





28 de março de 2011

Libertas

O curta Libertas tem um diálogo imaturo e um tanto didático, não é nem um pouco orgânico e por vezes melodramático demais. Devo estar louca, mas até agora não entendi porque este curta ganhou tantos prêmios. Deve ser pelo design da animação...só pode. Na história, um pardal, em um de seus vôos libertos, encontra um periquito num local que nunca vira antes: uma gaiola. Confira e tire suas conclusões...



Prêmios

Melhor Curta de Animação no Curta Taquary 2010
Melhor Fotografia no Curta Taquary 2010
Melhor Animação em Vídeo no Festival Guarnicê de Cinema do Maranhão 2010
Melhor Sonoplastia no Festival Locomotiva 2009
Melhor Animação no Mostra Minas de Cinema e Vídeo - Belo Horizonte 2009
1º Lugar na Categoria Animação no Festival de Vídeo Estudantil e Mostra de Cinema de Guaíba 2009

Festivais

Mostra de Cinema de Tiradentes 2010
Curta Cabo Frio 2009
Dia Internacional da Animação 2009
FestCine Amazônia 2009
Mumia - Mostra Udigrudi Mundial de Animação 2009
Tanz Cine Brazil Festival 2010
Cine Festival Inconfidentes 2010
CineIpoema - Mostra de Cinema de Ipoema 2010
Mostra de Animação A Caverna 2010
Mostra Miragem 2010
Toronto Brazilian Expressions 2010
ANIM!ARTE Festival Brasileiro Estudantil de Animação 2009
Mostra Disseminação 2009

27 de março de 2011

Tracy W. Hambley

Tracy W. Hambley é talentosa. Seus quadrinhos são a mistura perfeita: materiais reais e ao alcance de todos, bom gosto e criatividade em cada tema que se propõe. Em Song of Sea vemos o detalhes do mar como se tivéssemos embalado ao som de um violino.

Na obra, Love Letter ela trabalha com materiais óbvios (como cartas velhas e lápis) e ícones universais. Não tem como não entender.

E por fim, em Losing your Marbles tem um quê de interessante entre o que se vê o significado da obra.



26 de março de 2011

Jack Hill

Para quem tem o humor intrínseco nas veias, precisa conhecer a obra do artísta plástico Jack Hill. Ela é divertida e tem um olhar pra lá de excêntrico. A maioria de sua arte é feita em bronze com cera fundida e algumas aplicações de patina. Uma delícia de se ver. Na primeira foto temos a escultura chamada "On a Roll". Uma das minhas preferida.

Depois temos as pêras, que também podem ser ratinhos comendo hastes de um óculos, por exemplo, ou, para falar bem a verdade podemos ver claramente os corpos de mulheres com enormes barrigas e pequenos seios. Enfim, em "Bartlett Sisters" você pode ter mais imaginação do que o óbvio nome da obra sugere...


E por fim, a obra "Grinning" nos conquista com o seu sorriso aberto. Maravilhoso este conceito. Enfim, Hill mostra pra que veio ao mundo e, quer saber? Tomara que este talento esteja em ampla expansão por longo tempo para que possamos desfrutar de tamanha cabeça criativa...





25 de março de 2011

Anthony Hansen

Pense em metais de tudo quanto é jeito. Eles se entortam para dar forma, depois são coloridos para dar vida. Assim são as obras do artista californiano Anthony Hansen. O que ele gosta mesmo é de usar metais automotivos em sua arte com visuais e texturas pra lá de interessantes. São verdadeiros remendos e retalhos que compõe imagens únicas do ponto de vista da sofisticação. O primeiro exemplar sem nome faz parte da coleção Hearts.

Neste segundo trabalho da coleção Abstract recebe o nome de Kiss Too Much. Ambos de muito bom gosto, não acha?


24 de março de 2011

Menina da Chuva

A curiosa e solitária Menina da Chuva quer descobrir o mundo e a cidade, mas descobre que bonecas vermelhas para as meninas vermelhas, bolas azuis para os meninos azuis. E assim é a vida, o que lhe cabe, então, é a chuva. O roteiro é fraco, mas a intenção é boa. Atenção para os efeitos sonoros e música, muito bem trabalhados.



Festivais

Goiânia Mostra Curtas 2010

23 de março de 2011

You Again

You Again (2010) é a típica comédia americana: sem muito pra pensar e com uma problemática do cotidiano desta sociedade. O filme é óbvio, mas entretem se você tiver precisando de algo leve. Na história, a família de Marni (Kristen Bell) tem muitas novidades pela frente. Depois que ela comunica a todos que foi promovida no trabalho, acaba descobrindo que a futura cunhada (Odette Yustman) era a inimiga nº 1 que infernizou sua vida na escola. Agora, ela só pensa em fazer alguma coisa para impedir este casamento, apesar de sua mãe (Jamie Lee Curtis) insistir que ela deveria deixar tudo de lado. Até o momento em que as duas descobrem que a mãe (Sigourney Weaver) da futura nora também era um osso duro de roer.


22 de março de 2011

Ensaio de Cinema

No curta metragem Ensaio de Cinema temos um roteiro falado à moda antiga, mas com muita poesia. O texto é bonito. Na história, ele dizia que o filme começava com uma câmera muito suave, com um zoom muito delicado, e avançava em busca de Barbot. Interessante!



Prêmios

Melhor Ator no Cine Ceará 2010
Melhor Filme 35mm no Cine Ceará 2010
Melhor Roteiro no Cine Ceará 2010
Prêmio da Crítica no Cine Ceará 2010
Menção Honrosa no CineSul 2010
Grande Prêmio - Júri Oficial no Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro 2010
Melhor Ficção no Festival Cultural de Cinema de São Simão 2010
Melhor Ator no Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual 2010
Melhor direção no Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual 2010
Prêmio Sindicine de Roteiro no Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual 2010
Melhor Filme Digital - Júri Oficial no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2009
Prêmio Cacho Pallero no Festival de Cine de Huesca 2010
Prêmio ABD-SP no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2010
Prêmio Cachaça Cinema Clube no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2010
Troféu Luiz Orlando da Silva (CESISP) no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2010
Melhor Vídeo Ficção no Vitória Cine Vídeo 2009
Melhor direção no Cine PE 2010
Prêmio ABD no Cine PE 2010
Melhor direção no Iguacine - Festival de Cinema de Nova Iguaçu 2010
Melhor Filme no Iguacine - Festival de Cinema de Nova Iguaçu 2010


Festivais

Mostra de Cinema de Tiradentes 2010

21 de março de 2011

Humberto Benitez

O que mais se tem na Florida é cubano, podes crer. Eles trazem vida, cor e movimento para animar a sociedade americana. Um contra ponto, diria! E é a base disso tudo que a nostalgia é traduzida nas pinturas do artista cubano Humberto Benitez. A textura de suas obras induz a um movimento proclamado, mas mais do que isso algo misterioso está no ar com suas cores e profunda energia. Se eu tivesse que traduzir a obra deste artista com apenas uma palavra, sem sombra de dúvida diria: vida. Destaco aqui duas de suas pinturas que realmente me chamaram a atenção: Las Comparsas e Benitez, respectivamente. Olhe e sinta a magia de cuba no colorido da vida... Em Las Comparsas há música e alegria.

Em Benitez notamos o movimento e a sedução.


20 de março de 2011

The Social Network


The Social Network (A Rede Social, 2010) é um filme mediano. Dramático e inteligente na forma como foi construído, trata-se, contudo, de um filme comercial. Baseado no livro de Ben Mezrich “Os bilionários acidentais: a fundação do Facebook, uma história de sexo, dinheiro, genialidade e traição”, que conta a história da criação do Facebook feita por Mark Zuckerberg. O personagem principal é orgânico e podemos notar o quanto o roteiro e direção estão afinados. A história começa no outono de 2003, quando Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), analista de sistemas graduado em Harvard, se senta em seu computador e começa a trabalhar em uma nova ideia. Apenas seis anos e 500 milhões de amigos mais tarde, Zuckerberg se torna o mais jovem bilionário da história com o sucesso da rede social Facebook. O sucesso, no entanto, o leva a complicações em sua vida social e profissional. É um filme atual e, mesmo não agradando a todos, vale à pena conectar-se com ele...

19 de março de 2011

Family Guy

Você já ouviu falar de Family Guy? Um desenho animado para adultos que esta em voga ou em moda aqui nos EUA. O mais conhecido é o Family Guy. Uma familia completamente sem noção e desajustada. As piadas são politicamente incorretas, ou propositalmente indo pela contra mão. O pai é um completo abestalhado. O cachorro é um filósofo que por vezes é tarado. O bebê é gay assumido. A filha é inteligente e intelectualóide, mas por vezes tem sonhos comuns à toda adolescente. O filho mais velho é um verdadeiro "Maria vai com as outras". A mãe é a mais normal da casa. Sem falar nos amigos do pai e no vizinho pedófilo. Em Family Guy, o riso é garantido, se você deixar o preconceito de lado ou não se importar com algumas piadas mais pesadas. Mas há muita verdade nas entrelinhas do que os personagens dizem.... Veja alguns episódios que separei para mostrar tamanho desajuste da sociedade moderna.










17 de março de 2011

Woody Jones

Por onde passa, a arte interativa do simpático artista Woody Jones é diversão garantida. Tudo seduz e os detalhes são perfeitos, mas o chamariz é uma "geringonça" talhada em madeira que tem como face o rosto dele e, a parte interna uma verdadeira mini cidade. Ao rodar uma espécie de manivela, os bonecos ganham vida e a cidade interna se move. Em qualquer exposição que ele esteja é sinônimo de "tumulto" para ver tal parafernalha. Simples e perfeito!

O cartão de visitas da obra é a face dela. Não tem como negar, os bigodes, o cabelo e até o olhar denunciam o artista.

E dentro, encontramos o lado mágico de dar vida aos bonecos de madeira com detalhes que até a imaginação do artista dúvida. O studio dele fica em Decatur na Geórgia, mas nem sempre a obra está por lá, por onde ela estiver, vale à pena conferir!


Imagine Uma Menina Com Cabelos De Brasil...

Muito mais do que uma crítica à ditadura da beleza, o curta Imagine Uma Menina Com Cabelos De Brasil... nos traz à tona a necessidade da importação de estilos daquilo que não é nosso. Um curta inteligente onde aborda, através da decisão de como pentear o cabelo, a incenssante busca pela (talvez nossa) aceitação.



Prêmios

2º Lugar - Animação Brasileira - Júri Popular no Anima Mundi 2010
Melhor Animação - Júri Popular no Anima Mundi 2010
Prêmio Anima Mundi Itinerante no Anima Mundi 2010
Prêmio aquisição Canal Brasil no Anima Mundi 2010
Menção Honrosa no Festival Internacional de Cinema Infantil 2010
Melhor Animação no Vitória Cine Vídeo 2010
Menção Honrosa - SIGNIS no Vitória Cine Vídeo 2010
Prêmio Aquisição Porta Curtas no Vitória Cine Vídeo 2010
Melhor Animação Infantil no Festival Locomotiva 2010
Prêmio Good Citizenship Awards no ReAnimania - Festival Internacional de Filmes de Animação de Yerevan 2010

16 de março de 2011

O Céu de Iracema

As imagens do curta-metragem O Céu de Iracema falam por si só. E a música é um espetáculo à parte. Na história, a descoberta do primeiro amor durante uma disputa de pipas, tendo o céu de Iracema como testemunha. Lindo!



Prêmios

Melhor Fotografia no Cine Ceará 2002
Melhor Roteiro no Festival de Gramado 2002
Prêmio aquisição Canal Brasil no Festival de Gramado 2002
Melhor Fotografia no Vitória Cine Vídeo 2002
Melhor Diretor no Cine PE 2003
Melhor Filme no Cine PE 2003
Melhor Fotografia no Cine PE 2003
Melhor Roteiro no Cine PE 2003
Melhor Ficção no FAM - Florianópolis Audiovisual Mercosul 2003
Melhor Montagem no Guarnicê de Cine e Vídeo 2003

Festivais

Festival do Rio BR 2002
Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2002
Goiânia Mostra Curtas 2002
Festival de Cinema de Parati 2002
Jornada de Cinema da Bahia 2002
Mostra Curta Cinema 2002

15 de março de 2011

Get Low

Get Low (2009) ou Segredos de um Funeral tem uma idéia bem inusitada enquanto história, mas é real. A película fala da história de Felix "Bush" Breazeal (Robert Duvall), que ficou conhecido por realizar, em 1938, uma festa de despedida antes de sua morte para também poder desfrutar do evento. Ele organiza seu próprio funeral. As performances de Robert Duvall, Bill Murray e Sissy Spacek estão maravilhosas. Aliás, Duvall está excelente como um ermitão bravo e mal humorado. A morte é discutida com muito humor negro. Boa pedida!

14 de março de 2011

Richard MacDonald

No lobby do Teatro "O" no Bellagio (espaço que acontece o espetáculo de mesmo codinome), podemos ver o talento de Richard MacDonald com suas esculturas encantadoras sobre o Cirque du Soleil. Tem uma certa leveza, mas é corporal, é massa. É como se o espirito humano estivesse sendo celebrado em cada peça. É um trabalho dinâmico, emotivo e sensível. Qualidade e bom gosto fazem parte do diferencial e assinatura deste artista californiano. Um primor das artes...

A irreverência e o profissionalismo do Cirque estão em todas as siluetas e expressões.


As esculturas têm movimentos reais e cada detalhe demonstra a grandeza de toda a obra.



Cada detalhe, cada expressão traduz a organicidade da dança e do corpo como instrumento de trabalho.





13 de março de 2011

O

Se em uma curta temporada em Las Vegas, você tiver que decidir por apenas um único show não resista e vá assistir ao fantástico show “O” (também do Cirque du Soleil) no Bellagio. O show é imperdível e, diria, parada obrigatória para os amantes da arte circense. Começa pelo hotel que é um espetáculo, um dos mais luxuosos de Vegas. No show aquático, se você pensa que só irá ver água, engana-se, tem muito fogo também. Trata-se de um espetáculo sofisticado e único. Um dos mais completos do Soleil. A trilha musical, os cenários e o figurinos são lindos e nos remete a verdadeira magia do circo. O cenário que começa com uma piscina, transforma-se em um palco seco num piscar de olhos e quando menos se espera, a piscina que antes era redonda, transforma-se numa piscina triangular. As coreografias são bem coordenadas com tempos precisos e uma incrível disciplina física dos artistas. Os palhaços são um show à parte com uma história pra contar e brincadeiras discretas, mas engraçadas. Um humor para todos. O show tem uma hora e trinta minutos, mas você não sente. Este show também é fixo e com certeza recomendo-o de olhos fechados. Veja por quê...


12 de março de 2011

Viva Elvis

O show do Cirque du Soleil: Viva Elvis em Las Vegas surpreende quando começa porque ele é o que posso chamar de digamos, espacial. Ocupa todo o palco, seja por terra, céu ou mar. A música e os bailarinos em suas performances conquistam mesmo quando o show não começa de fato. Na platéia, bailarinas que se dizem fã do cantor nos traz à tona a histeria feminina vivida nos tempos do ídolo. O figurino tem detalhes que surpreende quanto a década, mas é óbvio quando se trata do homenageado. O cenário, num sobe e desce de palco, demostra sua grandeza, mas, neste ponto especificamente, o simples torna-se criativo quando calças íntimas e cuecas desenham a bandeira dos Estados Unidos no back ground de uma das apresentações. Perfeito! A música contagia, mesmo para àqueles que não é fã de carteirinha do Elvis ou não estava vivo nesta época. Imagens projetadas do ídolo em sua jornada músical e cinematográfica por vezes cansa, mas é um charme à parte. A história de Elvis é contada através das suas músicas. De criança à soldado do exército, enfim, cada parte principal do roteiro da vida dele está lá contada por um narrador que se diz ser seu empresário na época. O espetáculo é mediano e mesmo tendo apenas uma hora e trinta minutos torna-se cansativo. Não acredito que seja um dos melhores espetáculos do Soleil, mas como curiosidade, vale à pena ver se estiver em Las Vegas, pois este show é fixo...

11 de março de 2011

O Poder do Clímax


O Poder do Clímax de Luiz Carlos Maciel nos desvenda (ou traduz de forma clara) os tantos "mitos" de um roteiro. No livro, a experiência acumulada do autor em cursos e na própria carreira desvenda as caracteristicas do roteiro tradicional, sendo construído com o objetivo do seu melhor ápice, o clímax. A leitura é pra lá de explicativa e, como o próprio autor argumenta "é conveniente e necessário o domínio da técnica, e, em consequência do conhecimento da teoria como condição do trabalho do roteirista profissional". No livro, o autor não só esboça as dificuldades e percalços desta escrita, como também não deixa pergunta sem resposta. Um excelente livro com escrita clara quando disserta sobre as complexidades deste oficio. O livro tem qualidade e conteúdo. Está mais do que recomendado!

10 de março de 2011

Eat, Pray, Love


Baseado no best seller homônimo da jornalista Elizabeth Gilbert, o filme Eat, Pray, Love (2010) ou Comer, Rezar, Amar, no Brasil, não se sustenta nem com as celebridades. O livro é morno, o filme é pálido e longe de se tratar de uma obra cinematográfica, em todos os sentidos. Mas, para quem quer arriscar, boa sorte. Na história Elizabeth (Julia Roberts) descobre que sempre teve problemas nos seus relacionamentos amorosos. Um dia, ela larga tudo, marido, trabalho, amigos, decidida a viver novas experiências em lugares diferentes por um ano inteiro. E parte para a Índia, Itália e Bali, para se reencontrar numa grande viagem de auto conhecimento.

9 de março de 2011

Ice Age: The Meltdown

A animação de 2006 Ice Age: The Meltdown (ou Era do Gelo 2, no Brasil) não me surpreendeu em nada a não ser pelo design dos personagens. A história é óbvia, apesar da idéia ser interessante. Os personagens não tem grandes conflitos e o que salva um pouco o filme são algumas piadas aqui e acolá. Na história, a era glacial está chegando ao fim e, com isso, surge em todo lugar gêiseres e verdadeiros parques aquáticos. O mamute Manfred (no Brasil interpretado por Diogo Vilela), o tigre Diego (interpretado por Márcio Garcia) e o bicho-preguiça Sid (interpretado por Tadeu Melo) logo descobrem que toneladas de gelo estão prestes a derreter, o que inundaria o vale em que vivem. Com isso, o trio de amigos precisa correr para avisar a todos do perigo e ainda encontrar um local em que não corram riscos. O esquilo e suas nozes é um charme à parte.

8 de março de 2011

Beber, Jogar, F@#er

Beber, Jogar, F@#er é hilário. O designe gráfico na capa já adverte sobre a sátira que está por vir que o autor, Andrew Gottlieb, faz ao best sellers Comer, Rezar, Amar. Duas formas diferentes de se encarar o fim de uma relação. Mas, tenho que confessar que a do homem é um olhar mais divertido e original. Escrito em primeira pessoa, o personagem Bob Sullivan não faz nenhum tipo de triagem sobre os seus pensamentos. O que pensa, fala. Na história, ele é casado há oito anos até levar um pé na bunda da esposa e decidir curtir a vida. Nessa batida, ele faz uma jornada pela Irlanda, Las Vegas e a Tailândia. Apesar do título convidativo, o personagem é sensato e faz comentários divertidos. Na primeira parte do livro, Gottlieb traz à tona o questionamento do que as mulheres fazem com os seus maridos (no caso ele) no casamento querendo transformar o seu parceiro em algo que ele não é (coisa diria que não é só privilégio das mulheres, claro, mas da instituição casamento como si). Na segunda parte, temos uma visão plenamente masculina dos anseios e desejos atendidos pelo simples fato de jogar e apostar. Um sabor de vida, diria. Nesta fase, a leitura torna-se um pouco monótona, principalmente para aqueles que não curtem ou entendem da jogatina de Vegas. Na terceira e última parte, temos um final da história clichê. A leitura é descompromissada, simples e direta. Uma visão justa, mas com muito humor. Os capítulos, para os mais preguiçosos, são curtos e fáceis de ler. Vale à pena salientar que o livro já teve seus direitos comprados para o cinema pela Warner Bros antes mesmo de ser publicado. É mole? Então, aproveite!

7 de março de 2011

Rosa e Benjamin

Um curta com conflitos entre um velho casal numa casa no Jabaquara. Um novo vizinho, desconfiança, talvez ciúmes, notícias de um prédio novo, acidente na vizinhança. Algo para chacoalhar a vida... O casal na casa e a casa na cidade. Monótono, mas orgânico.



Prêmios

Melhor direção no Goiânia Mostra Curtas 2009
Melhor Roteiro no Vitória Cine Vídeo 2009

Festivais

Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro 2009
Festival de Cinema Luso-brasileiro de Santa Maria da Feira 2009
Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte 2010
Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2009
Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano 2009
Janela Internacional de Cinema do Recife 2009
Mostra do Filme Livre 2010
Curta nas Telas 2010
FestCine Belém 2010
Festival de Cinema Brasileiro em Israel 2009
Los Angeles Brazilian Film Festival 2010
Mostra Outros Cinemas 2010
Semana Paulistana do Curta Metragem 2010
Vale Curtas 2010
Curta Taquary 2010
Festival Brasileiro de Cinema Universitário 2010

6 de março de 2011

4 luni, 3 săptămâni şi 2 zile

O drama romeno 4 luni, 3 săptămâni şi 2 zile (2007), ou 4 meses, 3 semanas e 2 dias no Brasil, é belíssimo pela delicadeza e forma com que o tema aborto é tratado. Contudo algumas cenas são tão reais que se tornam chocantes. Mas nos faz repensar o assunto ou temer o que poderemos ver na cena seguinte, se diante do que vemos nos posicionamos como alienados. É orgânico, é real. O roteiro tem uma excelente estrutura e é bem escrito enquanto dramas pessoais e universais. Uma obra prima que para os apreciadores da arte cinematográfica não podem deixar de assistí-lo. Uma excelência do cinema romeno, sem sombra de dúvida. Na história, duas amigas universitárias romenas Otilia Mihartescu (Anamaria Marinca) e Gabriela Dragut (Laura Vasiliu) arranjam um encontro com Bebe (Vlad Ivanov) num hotel. Ele é contratado para fazer um aborto ilegal em Gabriela. Na Romênia comunista o aborto por razões práticas era proibido. Quando Bebe descobre que Gabriela estava grávida de quase cinco meses, resolve exigir de ambas favores sexuais, além do pagamento em dinheiro. O final é simplesmente maravilhoso. Uma película, de fato, imperdível.



5 de março de 2011

Almas em Chamas

Em Almas em Chamas encontramos um excelente texto que fala do caso de traição, amor e paixão entre Clóvis Alves e Samira. Na história, um bombeiro é envolvido num caso de amor incendiário ao resgatar uma mulher fogosa de um edifício em chamas. A fumaça e o calor os envolve num clima de paixão e sexo irresistíveis, com conseqüências terríveis. Quem brinca com fogo...




Prêmios

Melhor Roteiro no Festival de Gramado 2000
Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado 2000

Festivais

Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2000

4 de março de 2011

O Bebê

Andréa Beltrão faz Marta no curta O Bebê. Ela é uma jovem mãe que escuta o seu bebê falar. Sem entender como isto pode acontecer tenta convencer a avó que não acredita. O bebê também começa a ler e a falar em inglês, mas só com a mãe. Jorge, o pai da criança, também não acredita. Depois que o marido dorme, Marta entende o que está acontecendo. O curta tem diálogos não fluídos e por vezes emperra a história. A idéia em si é boba. Quer arriscar?



Prêmios
Prêmio Especial do Júri no Festival de Brasília 1987

Festivais

Fest-Rio 1987
Festival de Gramado 1988
Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano 1987
Festival Internacional de Cine de Mar del Plata 1989
Incontri Internazionali del Cinema 1988
INPUT - International Public TV Screening Conference 1989
Mostra Riotur 1989
Cine Latinoamericano: Brasil, 1989 1989

3 de março de 2011

À Deriva

O diretor Heitor Dhalia fez um belo trabalho no filme brasileiro À Deriva (2009). Aliás, não pude deixar de notar o roteiro impecável, também de Dhalia, na sua estréia. Imagens significantes dá a trama um quê de originalidade. O filme tem leveza, sua história é orgânica e seus personagens são reais. Débora Bloch é tão verdadeira no olhar que não passa desapercebida. O ator francês Vicent Cassel também não deixa por menos, aliás, quando Dhalia soube que ele falava português, entrou logo em contato com o seu empresário e foi a Paris por apenas 24 horas só para encontrá-lo. Cassel acabou de fazer Black Swan e Irréversible, dois filmes maravilhosos. A americana Camilla Belle é charme puro nesta película. A estreante Laura Neiva foi encontrada através do site de relacionamento Orkut que, diga-se, recusou o teste para fazer o filme achando que era trote. A história acontece em Búzios no início dos anos 80. Filipa (Laura Neiva) é uma adolescente de 14 anos que passa as férias com seus pais, Matias (Vincent Cassel) e Clarice (Débora Bloch), e ainda os irmãos Fernanda (Izadora Armelin) e Antônio (Max Huzar). Clarice está sempre embriagada, destilando veneno contra o marido. Já Matias está mais preocupado em concluir seu novo livro, o que o torna desleixado em relação aos problemas da família. Filipa vive à margem desta situação, até que um dia flagra o pai beijando Ângela (Camilla Belle), uma bela americana que mora no local.

2 de março de 2011

Buried

Quando eu comecei a assistir o suspense espanhol Buried (2010), pensei que não ficaria surpreendida pela criatividade do roteiro. Mas me enganei, Enterrado Vivo (como chama no Brasil) prende sua atenção do começo ao fim, lhe deixa tenso e nervoso. O filme escrito por Chris Sparling tem um grande roteiro com um argumento simples, mas uma excelente e impecável história. Com apenas um único cenário, um ator na tela ele demostra que enquanto estúdios gastam milhões para produzir filmes de segunda, é possível fazer um filme primoroso com um custo mínimo. Na história, Paul Conroy (Ryan Reynolds) é um americano que trabalha como motorista de caminhão no Iraque. Ele acorda, sem saber como, enterrado vivo dentro de caixão de madeira. Sem saber o que aconteceu e o porquê de estar ali, ele tem em suas mãos apenas um telefone celular e um isqueiro. Começa então uma tensa corrida contra o tempo e a falta de ar. A pressão aumenta ainda mais quando os sequestradores exigem um resgate milionário para libertá-lo e um vídeo com suas imagens vai parar no YouTube. O filme é orgânico do começo ao fim. Este é o que chamaria uma das obras primas do cinema, vale à pena assistí-lo.


1 de março de 2011

Bass Museum of Art


Para quem estiver em Miami, vale à pena ir ao Bass Museum of Art e ver a coleção fixa de quadros, esculturas e tapeçarias de artistas europeus dos séculos XIX e XX. Mas mais do que isso, até o final deste mês, tem também a exposição pra lá de inventiva do inglês Isaac Julien. O cineasta e artista de instalações está com a exposição chamada Ten Thousand Waves. Um quê de cinema e fotografia mostrado através das séries Paradise, Omeros, Baltimore e Vagabondia. O principal destaque é o vídeo de 49 minutos espalhados numa instalação de várias telas onde a história pode ser contada de qualquer uma delas ou de todas elas ao mesmo tempo. Tem muita poesia e drama na arte dele. Outro destaque imperdível é a parte da arte egípicias, além dos sarcófagos, podemos ver múmias, literalmente. Cuidado para não se assustarem com ela...