8 de março de 2011

Beber, Jogar, F@#er

Beber, Jogar, F@#er é hilário. O designe gráfico na capa já adverte sobre a sátira que está por vir que o autor, Andrew Gottlieb, faz ao best sellers Comer, Rezar, Amar. Duas formas diferentes de se encarar o fim de uma relação. Mas, tenho que confessar que a do homem é um olhar mais divertido e original. Escrito em primeira pessoa, o personagem Bob Sullivan não faz nenhum tipo de triagem sobre os seus pensamentos. O que pensa, fala. Na história, ele é casado há oito anos até levar um pé na bunda da esposa e decidir curtir a vida. Nessa batida, ele faz uma jornada pela Irlanda, Las Vegas e a Tailândia. Apesar do título convidativo, o personagem é sensato e faz comentários divertidos. Na primeira parte do livro, Gottlieb traz à tona o questionamento do que as mulheres fazem com os seus maridos (no caso ele) no casamento querendo transformar o seu parceiro em algo que ele não é (coisa diria que não é só privilégio das mulheres, claro, mas da instituição casamento como si). Na segunda parte, temos uma visão plenamente masculina dos anseios e desejos atendidos pelo simples fato de jogar e apostar. Um sabor de vida, diria. Nesta fase, a leitura torna-se um pouco monótona, principalmente para aqueles que não curtem ou entendem da jogatina de Vegas. Na terceira e última parte, temos um final da história clichê. A leitura é descompromissada, simples e direta. Uma visão justa, mas com muito humor. Os capítulos, para os mais preguiçosos, são curtos e fáceis de ler. Vale à pena salientar que o livro já teve seus direitos comprados para o cinema pela Warner Bros antes mesmo de ser publicado. É mole? Então, aproveite!