3 de março de 2011

À Deriva

O diretor Heitor Dhalia fez um belo trabalho no filme brasileiro À Deriva (2009). Aliás, não pude deixar de notar o roteiro impecável, também de Dhalia, na sua estréia. Imagens significantes dá a trama um quê de originalidade. O filme tem leveza, sua história é orgânica e seus personagens são reais. Débora Bloch é tão verdadeira no olhar que não passa desapercebida. O ator francês Vicent Cassel também não deixa por menos, aliás, quando Dhalia soube que ele falava português, entrou logo em contato com o seu empresário e foi a Paris por apenas 24 horas só para encontrá-lo. Cassel acabou de fazer Black Swan e Irréversible, dois filmes maravilhosos. A americana Camilla Belle é charme puro nesta película. A estreante Laura Neiva foi encontrada através do site de relacionamento Orkut que, diga-se, recusou o teste para fazer o filme achando que era trote. A história acontece em Búzios no início dos anos 80. Filipa (Laura Neiva) é uma adolescente de 14 anos que passa as férias com seus pais, Matias (Vincent Cassel) e Clarice (Débora Bloch), e ainda os irmãos Fernanda (Izadora Armelin) e Antônio (Max Huzar). Clarice está sempre embriagada, destilando veneno contra o marido. Já Matias está mais preocupado em concluir seu novo livro, o que o torna desleixado em relação aos problemas da família. Filipa vive à margem desta situação, até que um dia flagra o pai beijando Ângela (Camilla Belle), uma bela americana que mora no local.