7 de julho de 2011

As Melhores Coisas do Mundo

O filme brasileiro As Melhores Coisas do Mundo (2010) de Laís Bodanzky traz à tona a fase da adolescência de forma honesta, autentica e realista. Um luxo para poucos! O roteiro é orgânico e tem algumas sutilezas com a medida certa, mas tem também algumas obviedades, como o suicidio esperado, mas não é algo que incomoda. A tecnologia usada diariamente em demasia nesta fase tem consequências, mas provoca, faz parte do contexto. A cena dos ovos, talvez, em minha opinião, seja uma das cenas mais sensíveis e bonitas do filme, pois mostra a dor visível de uma mãe que não sabe o que fazer em confronto com o seu próprio erro. Uma cena onde uma enxurrada de sentimentos ronda-a, permeia-a. E não é piegas... O filme, com a excelente direção de Laís, empresta uma juventude que há muito não tenho visto no cinema, não só pela direção, mas pelo contexto produzido e pelas músicas. Na história, Mano (Francisco Miguez) é um adolescente de 15 anos. Ele está aprendendo a tocar guitarra com Marcelo (Paulo Vilhena), pois deseja chamar a atenção de uma garota. Seus pais, Camila (Denise Fraga) e Horácio (Zé Carlos Machado), estão se separando, o que afeta tanto ele quanto seu irmão mais velho, Pedro (Fiuk). Sua melhor amiga e confidente é Carol (Gabriela Rocha), que está apaixonada pelo professor Artur (Caio Blat). Em meio a estas situações, Mano precisa lidar com os colegas de escola em momentos de diversão e também sérios, típicos da adolescência nos dias atuais. Um filme imperdível do cinema nacional.