18 de julho de 2011

Martha

A película mexicana Martha (2010) do jovem Marcelino Islas Hernández esteve na 6º edição do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo. O filme começou a chamar atenção quando participou da mostra da Semana Internacional da Crítica (SIC) no 67º Festival Internacional de Cinema de Veneza. No Brasil, sua apresentação não foi inédita, já tinha sido exibida em Porto Alegre. O filme é lento e com economia de diálogos, às vezes perde o ritmo, mas o que mais me impressionou foi a beleza como foi dirigida, os ângulos de câmera e fotografia. A história conta sobre a vida de Martha (Magda Vizcaíno), uma senhora de 75 anos que, após 30 anos como arquivista em uma empresa de seguros da Cidade do México, tem sua vida virada para baixo quando é demitida e substiuída por um computador. Insegura ao imaginar a vida sem trabalho, Martha decide se matar. Compelida pelas circunstâncias e com a ajuda de Eva, a jovem mulher contratada para transferir os arquivos para o computador, a sua emocionante viagem para a morte poderá surpreendentemente levá-la…a vida. O filme, apesar de um humor negro, tem poesia em sua concepção.