28 de setembro de 2011

Lula, O Filho do Brasil (O Filme)

O filme Lula, O Filho do Brasil (2010) não se diferencia muito do livro, apenas no que se refere as belas atuações de Glória Pires e Milhem Cortaz, bem como as perfeitas maquiagem, figurino e a impecável produção. Como roteiro, o filme continua sem a mesma emoção que o livro, mas pior, perde-se várias cenas dramáticas do contexto histórico do personagem. Aliás, personagem este que é sucumbido pelo brilhantismo da história da mãe, Dona Lindu. Que a propósito, nos confunde como telespectador. Não sabemos se o foco é a mãe ou o próprio Lula na história contada na película. Pra piorar, os diálogos são óbvios e péssimos, apesar de vermos realidades tão díspares quanto o Brasil. Na trama, que começa no ano de 1945 no sertão de Pernambuco, nos traz a partida de Aristides (Milhem Cortaz) para São Paulo com uma mulher bem mais nova. Dona Lindu (Glória Pires) dá a luz ao seu sétimo filho: Luiz Inácio da Silva, que logo ganha o apelido de Lula. Sem ter a quem recorrer, Lindu cuida da família sozinha. Três anos depois Aristides retorna, acompanhado de Sebastiana, sua filha. Uma semana depois ele parte mais uma vez, deixando o bebê e levando consigo Jaime (Maicon Gouveia), o segundo filho mais velho. Durante a seca de 1952 a família recebe uma carta de Aristides, chamando-a para viver com ele em São Paulo. Lindu vende tudo o que tem e viaja para São Paulo, junto com os filhos. Ao chegar descobre que a carta era falsa. Quem a escreveu foi Jaime, que já não aguentava mais os maus tratos do pai. A família passa a viver em Santos, onde Aristides vivia com outra mulher e trabalhava como estivador. Vivendo em condições precárias, a família ainda precisa lidar com a crescente violência de Aristides.