17 de janeiro de 2012

Encontro às Cegas


A escritora argentina Carolina Aguirre tem um texto delicioso e descomprometido no seu livro Encontro às Cegas. O texto flui através de uma irnonia deliciosa e verdades que encantam. O olhar feminino e desesperador, nos retrata uma angustia de toda solteirona balzaquiana. Ela é sincera e o leitor ri com certas verdades que não deveriam ser publicadas, pois pertencem aos pensamentos femininos. Contudo, advirto que qualquer homem inteligente, deveria ler este livro para aprender como o "bicho" mulher é tão confuso e irracional quando o assunto em questão é o amor. Tenho que confessar que ao ler a orelha do livro fui pega pela escrita. Nela dizia que "durante um tranquilo encontro familiar, Irina anuncia que vai se casar. O que começa com um festejo se transforma em amargura quando Lúcia escuta, sem querer, a aposta que sua mãe faz com Irina: 'Lúcia vai ao casamento sozinha, gorda e vestida de preto. E mais, se ela levar um namorado, eu pago a festa toda. Mas não valem amigos, colegas de trabalho ou acompanhantes de favor. Tem que ser um namorado de verdade!'." O final do livro é algo à parte. O leitor nota que as páginas tem o seu fim pronunciado, não acredita que lê aquilo (afinal não é aquilo que ninguém quer que aconteça com a personagem), mas na última linha, com uma sutileza incomun, ela revela o verdadeiro destino de uma cômica, porém verdadeira, personagem dos dias atuais. É um livro repleto de buscas com situações inacreditáveis, reais, emocionantes, cruéis e divertidas.