31 de janeiro de 2013

Favela Maré, Notre Histoire d'Amour

Favela Maré, Notre Histoire d'Amour ou Maré, Nossa História de Amor (2007) enquanto gênero musical brasileiro é interessante, pois traz um quê de novidade não vista no cenário nacional, contudo tem péssimas interpretações. Apesar de a história ter boas intenções, ela é fraca e com dilemas batidos e óbvios. Na trama, a favela da Maré, no Rio de Janeiro, é dividida pela briga pelo poder no tráfico de drogas. Analídia (Cristina Lago) é a filha de um dos chefes, que está atualmente preso. Jonatha (Vinícius D'Black) é o MC da comunidade e também irmão de Dudu (Babu Santana), que disputa o poder com o pai de Analídia. O sonho de Jonatha é gravar um CD, mas ele reluta em aceitar a proposta de Dudu para financiar sua produção, já que o dinheiro viria do tráfico. Jonatha e Analídia vivem em famílias rivais e se apaixonam ao se conheceram no grupo de dança da comunidade, coordenado por Fernanda (Marisa Orth).

30 de janeiro de 2013

The Life...


A animação The Life... é encantadora e faz uma reflexão importante sobre a vida e suas diversas idades, o objetivo e missão de cada uma delas. Lindo!


29 de janeiro de 2013

Quanto Dura o Amor?

A película Quanto Dura o Amor? (2010) tem um bom roteiro com personagens ricos em histórias que se encontram entre seus dilemas e ironia da vida, mas tem um diálogo fraco. A produção é impecável e a trilha sonora chama a atenção. Um filme sensível e verossímil apesar de, por vezes, ser raso. Com um elenco escolhido a dedo, na trama, Marina (Sílvia Lourenço) é uma jovem atriz do interior, que vai tentar a sorte na cidade grande. Em São Paulo, ela divide um apartamento com Suzana (Maria Clara Spinelli), uma advogada solitária e misteriosa, e no mesmo prédio ela conhece Jay (Fábio Herford), um escritor em busca de um sentido para a vida. Coincidentemente, enquanto Marina fica encantada pela cantora Justine (Danni Carlos), Suzana engata um romance com um amigo do trabalho e Jay declara suas verdadeiras intenções para a prostituta Michelle (Leilah Moreno), dando um início a um período de revelações e descobertas para os três. Como curiosidade, esse foi o primeiro longametragem brasileiro que utilizou a câmera RED ONE, de formato digital de altíssima resolução, superior ao HD. E, também, o cineasta Hector Babenco e a atriz Barbara Paz aparecem como eles mesmos numa ponta. Sílvia Lourenço e Maria Clara Spinelli ganharam o prêmio de melhores atrizes no Festival de Paulínea.

28 de janeiro de 2013

Amour

Amour ou Amor (2012) tem uma docilidade e leveza que contrapõe a uma repentina crueldade. A construção dos personagens é boa e o dilema é realista, por vezes impiedoso. Apesar de o ritmo da direção ser moroso para alguns espectadores, é proposital. Atente-se a interpretação de Riva: impecável. Na História Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são um casal de aposentados, que costumava dar aulas de música. Eles têm uma filha musicista que vive com a família em um país estrangeiro. Certo dia, Anne sofre um derrame e fica com um lado do corpo paralisado. O casal de idosos passa por graves obstáculos, que colocarão o seu amor em teste. Como curiosidade, a cena em que Jean-Louis Trintignant contracena com um pombo foi repetida 12 vezes. A película concorre aos Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original (Michael Haneke), Melhor Atriz (Emmanuelle Riva) e Melhor Filme Estrangeiro (Aústria).


23 de janeiro de 2013

French Roast

Na animação francesa French Roast dirigida por Fabrice O. Joubert conta o que pode acontecer quando uma pessoa não é objetiva ao resolver seus problemas, desde os grandes e complicados, até os mais simples, como não ter dinheiro para pagar um cafezinho. O curta tem um bom roteiro, direção e encanta.

22 de janeiro de 2013

Coletânea de Curtas

 
No DVD Coletânea de Curtas (Vol. 1) o espectador pode curtir uma seleção de 8 curtas-metragens brasileiros, dentre eles, os destaques vão para Dois em Um, O Trabalho dos Homens, Tipos Intrometidos e Todo Dia Todo. Em Dois em Um podemos assistir uma história de dois namorados adolescentes e o dilema do aborto. Uma bela fotografia que não só ajuda a contar a história como também faz parte dela, e, essa foi uma grande sacada. O curta é bem dirigido e conta com uma boa atuação de Juliana Mesquita. Já em O Trabalho dos Homens, o curta-metragem conta a história de dois atiradores de elite, seus diálogos em pleno trabalho. Um curta com um bom roteiro, direção e trilha sonora.  Em Tipos Intrometidos um casal discute enquanto percebem tipos intrometidos em sua tela. Ele foi gravado em Nova Iorque propositalmente e recebeu o Prêmio de Melhor Atriz (Christine Dominici) e Melhor Ator (Drew Starling) no 28o Festival de Cinema de Gramado na categoria 16mm. Um excelente curta: criativo, instigante e original. E, por fim, mas não menos importante, Todo Dia Todo que tem uma bela construção de história de um personagem através da passagem do tempo. Além dos curtas já citados, há também Histórias Reais, Átimo, Os Irmãos Willians e Um Ladrão. Abaixo vocês podem assistir Tipos Intrometidos, vale à pena ver!
 

21 de janeiro de 2013

Django Livre

Django Unchained (2012) de Quentin Tarantino apesar de longo, prende a atenção do espectador do inicio ao fim. E porque? Um excelente roteiro com muitas reviravoltas, mas uma abordagem sensível ao tema. A construção do mundo e personagens são de uma exatidão impar. Atente-se a atuação de Christoph Waltz. A trilha sonora é algo de se saborear à parte. Django é imenso e completo. Diria: um verdadeiro épico. Na trama, Django (Jamie Foxx) é um escravo liberto cujo passado brutal com seus antigos proprietários leva-o ao encontro do caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz). Schultz está em busca dos irmãos assassinos Brittle, e somente Django pode levá-lo a eles. O pouco ortodoxo Schultz compra Django com a promessa de libertá-lo quando tiver capturado os irmãos Brittle, vivos ou mortos. Como curiosidade Jamie Foxx usou seu próprio cavalo de nome Cheetah para a película. Essa é a filmagem mais longa de Tarantino: 130 dias. Django concorre ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante para Christoph Waltz, Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia e Melhor Edição de Som.

18 de janeiro de 2013

Leo Maia

Filho de Tim Maia, Leo Maia tem sucesso merecido e não por ser filho de quem é, mas pelo seu trabalho sério dentro do black music, rock e soul. O jovem tem talento e estilo, é fato! Seu canto e sua voz traduz uma personalidade que é só dele: forte e de quem sabe o que quer. Aqui ele canta "Me Dê Motivo".

17 de janeiro de 2013

Adriana Varejão


A artista plástica Adriana Varejão é uma referência nacional no cenário internacional. Com 21 anos de carreira, ela explora uma miscigenação de técnicas, tais como pinturas de carne à azulejaria, por exemplo. Mas a obra dela, além de criatividade impar, tem algo intríseco que assemelha os ecos que saem do passado, mas com um olhar puramente futurista. A maioria de sua obra está fora do Brasil, então, quem puder conhecer algo da artista, por menor que seja, já está sendo presenteado pelos Deuses da cultura. A obra acima é intitulada Contigente.

16 de janeiro de 2013

Barbara

O drama alemão Barbara (2012) é bem construido e estruturado. Tem uma bela fotografia e um desconforto maravilhoso em sua direção. Uma bela película! Na trama que acontece no verão de 1980, Barbara (Nina Hoss) é cirurgiã pediátrica em um hospital a leste de Berlim. Quando as autoridades desconfiam que ela deseja passar para o lado oriental da cidade, ela é transferida para uma pequena clínica no interior, em um vilarejo isolado. Enquanto seu amante, Jörg, que vive em Berlim oriental, prepara a sua fuga, Barbara começa a receber grande atenção do chefe do hospital, André (Ronald Zehrfeld). Será que este homem está apaixonado por ela ou apenas espionando seus atos para o governo? A película recebeu o prêmio de melhor diretor para Christian Petzold no Festival de Berlim em 2012. Como curiosidade, contrariamente à grande maioria dos filmes, Barbara foi filmado em ordem cronológica, da primeira à última cena, o que ajudou os atores a construirem seus personagens com maior facilidade, claro. Vale à pena assistí-lo!
 

15 de janeiro de 2013

O Som ao Redor

Tem muito barulho para pouco filme em O Som ao Redor (2012). Quando um roteiro tem como protagonista a rotina de uma comunidade ele simplesmente deixa de contar a evolução e aprendizados de uma história protagonizada para se ater a meros fatos e, em geral, isso fragiliza a trama, pois não tem nenhuma história. Obviamente foi o que aconteceu com a película. Ao demonstrar o cotidiano típico de uma região nordestina, ele deixou de envolver e encantar o espectador através de um personagem/ protagonista que esse se identificasse. Com isso, o espectador sai do filme com a questão, e pior, com a sensação: “não sei onde o autor quer chegar”. Exatamente porque não há um arco do protagonista. O espectador fica à margem, não se envolve na história. Mas o filme não é ruim, ele tem pontos bons a serem notados, como por exemplo: os efeitos sonoros e trilha sonora que se tornam elementos fundamentais e que muitas vezes roubam as cenas. A película tem humor e um sotaque maravilhoso natural do nordeste, sem forçar a barra como costumeiramente estamos acostumados ao assistir determinadas obras televisivas. Os diálogos são bem construídos e o elenco foi muito bem escolhido. É uma película que diverte, mas não envolve o espectador. Na trama, a presença de uma milícia em uma rua de classe média na zona sul do Recife muda a vida dos moradores do local. Ao mesmo tempo em que alguns comemoram a tranquilidade trazida pela segurança privada, outros passam por momentos de extrema tensão. Ao mesmo tempo, casada e mãe de duas crianças, Bia (Maeve Jinkings) tenta encontrar um modo de lidar com o barulhento cachorro de seu vizinho. Como curiosidade, o roteiro foi premiado pelo Fundo Hubert Bals, do Festival de Roterdã, onde o filme fez sua première mundial.

14 de janeiro de 2013

50 Tons de Cinza

 
 
Um dia uma amiga minha me perguntou perplexa: como eles podem fazer apenas um filme de uma trilogia do best sellers de E.L.James? Então, me propus ao árduo desafio de ler o tão já criticado primeiro livro da trilogia para poder dar uma resposta mais assertiva para ela. E, com muito esforço, consegui acabar o primeiro livro da série jurando não ler mais uma linha sequer de nenhum dos outros. A resposta é simples, se espremer o primeiro livro com muito boa vontade não dá muito caldo. Adaptado para o cinema, então, o primeiro livro torna-se 30 minutos de um filme de duas horas. O livro 50 Tons de Cinza é muito fraco em termos de história e construção dos personagens. A leitura é repetitiva, chegando quase a chamar o leitor um pouco mais consciente de burro. Tem doses de humor nos pensamentos da protagonista que, a propósito, é infantil, insegura, ninfomaníaca e punheteira mental. Vamos combinar que isso é livro para adolescente/ moça jovem ler. James usa a descritiva em detalhes em favor da sua escrita, mas ainda assim, a leitura não empolga, pois é rasa, cansativa e popularesca em suas entrelinhas. Culpa da tradução? Pode ser como uma parcela de culpa, jamais em sua totalidade. Não há uma história estruturada que dê suporte a 455 páginas. O sexo pelo sexo e em demasia enjoa até mesmo as leitoras mais vorazes por tais novidades. Mantendo certo distanciamento, acho que as feministas fizeram mais alarde do que deveriam. A ação da protagonista é tipica da idade que tem versus experiência que não tem. Dito isto, o tal do Christian nada mais é do que um principe encantado das histórinhas infantis que tanto estamos acostumadas a ouvir: rico, gentil e sedutor, ou seja, ele não existe de fato. O sucesso dessa trilogia com certeza se deve ao fato da grande maioria das leitoras não estarem saciadas por completo e se satisfazerem em suas fugas a partir da leitura dessa relação que não tem nenhuma novidade: uma submissa e um dominador. Já vimos isso em tantos lugares que, pelo amor de Deus, não sei porque tanto alarde. Em suma, minha dica é: homens, são vocês que têm que ler tais livros para que suas companheiras não se sintam mais frustradas do que já estão.
 

11 de janeiro de 2013

Sonhos Roubados

O filme brasileiro Sonhos Roubados (2009) mostra a realidade dura, nua e crua de meninas adolescentes em favelas cariocas. Apesar da história morosa que por vezes deixa o espectador sem interesse, contamos com a bela atuação de Nanda Costa e uma trilha sonora de chamar a atenção. Na trama, Jéssica (Nanda Costa), Daiane (Amanda Diniz) e Sabrina (Kika Farias) são adolescentes e moram em uma comunidade carioca. Elas eventualmente se prostituem, no intuito de conseguir dinheiro para satisfazer seus sonhos de consumo. Entretanto, mesmo com os problemas do dia a dia, elas tentam se divertir e sonhar com um mundo melhor.



Prêmios
Melhor Filme - Júri Popular e Melhor Atriz - Nanda Costa no Festival do Rio
Prêmio Especial do Júri e Melhor Atriz - Nanda Costa no Festival de Cinema Brasileiro de Miami

10 de janeiro de 2013

Zimbú

A animação Zimbú é muito bem resolvida tanto em termos de história quanto em termos de design. Atentem-se a trilha sonora, simplesmente linda! Na trama, uma bola perdida faz a diferença numa aldeia africana.


9 de janeiro de 2013

A Amiga Americana

O curta A Amiga Americana é totalmente inverossímil, a começar pelos diálogos, em que uma personagem pergunta algo em português e a outra, que não sabe falar português, responde em inglês exatamente o que a primeira questionou. Vamos combinar que há uma enorme perda de conflito no roteiro. Além disso, a direção é morosa por si só, como se a lentidão fosse arte. Sem contar nas atuações das pseudo-atrizes. O pior de tudo é que com tanto curta-metragem bom no mercado, este curta com todas essas mazelas ainda é premiado. Salve-se quem puder, ou se puder. Acho que é o final dos tempos. Na trama, Paris conhece Thais.



Prêmios
Melhor Produção Cearense no Cine Ceará em 2010
Menção Honrosa no Janela Internacional de Cinema do Recife em 2010
Prêmio Filme Livre no Mostra do Filme Livre em 2011

Festivais
Cine Ceará
Mostra do Filme Livre
Mostra de Cinema de Tiradentes
Curta Cinema
Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte
Janela Internacional de Cinema do Recife
Festival CineMúsica

8 de janeiro de 2013

O Fantástico Mistério de Feiurinha


Em forma de peça teatral, o autor desconstroi histórias perfeitas das princesas mais conhecidas no mundo encantado e, mais que isso, somos apresentados a história de Feiurinha. Uma trama encantadora onde o feio é belo e o belo torna-se feio a depender do ponto de vista de cada um. Uma leitura clara e repleta de magia com muitas criticas nas entrelinhas. No livro, Pedro Bandeira conta a historia de uma princesa chamada Feiurinha, que desapareceu de maneira misteriosa. E no Mundo Encantado da imaginação aparecem às conhecidas princesas, que vem ao mundo real pedir ajuda ao escritor para encontrá-la. É divertido e o leitor mirim tem a possibilidade do contato com um texto teatral e todos seus elementos.

7 de janeiro de 2013

The Believer

Se é pra começar 2013 bem, então a dica é The Believer ou Tolerância Zero (2001). Um filme com acertivos e fortes pontos positivos, a começar pelo excelente conflito do protagonista para com o seu dilema que faz o telespectador perder o folego a cada segundo da película. É um roteiro intenso e instigante com uma bela construção de personagem e uma história forte e profunda. O final dela surpreende pela sua simbologia impar em seu significado. Bela atuação de Gosling. Diria, sem pestanejar, um dos melhores filmes que assisti nos últimos tempos. Na trama, Danny Balint (Ryan Gosling) é um estudante de uma escola judaica de Nova York que, com o tempo, se torna um feroz anti-semita. À medida que sua fama cresce nos círculos neonazistas do estado Danny percebe uma mudança brusca em sua personalidade, onde convivem ao mesmo tempo seu lado judeu e anti-semita. Aos poucos Danny percebe que sua função na vida é se tornar uma contradição ambulante. Como curiosidade, a idéia do roteiro, além de ser baseada em um fato real, estava nos planos de Henry Bean há 20 anos. Três anos antes de iniciar suas filmagens, ele fez um estudo sobre a possibilidade de vir a realizar o filme e acabou rodando 6 cenas com uma equipe improvisada. Tais cenas resultaram num curta-metragem de 13 minutos, intitulado Thousand.