15 de julho de 2015

MASP expõe dois séculos de história da arte da França

Pierre-Auguste Renoir, A banhista e o cão Grifon - Lise à beira do Sena, 1870.

A partir do dia 17 de julho até 25 de outubro, acontecerá no MASP a mostra Arte da França:de Delacroix a Cézanne. Com curadoria de Adriano Pedrosa, Eugênia Gorini Esmeraldo e Fernando Oliva, a exposição apresenta cerca de 80 trabalhos, incluindo Renoir, Manet, Toulouse-Lautrec, Degas, Monet e Picasso, ao lado de documentos de seu arquivo histórico e fotográfico. A expografia retoma projeto de Lina Bo Bardi da década de 1940. São obras de artistas franceses e estrangeiros, que migraram para a capital francesa, participando da chamada Escola de Paris. Um luxo!

Paul Cézanne, O negro Cipião, 1866-68.

A mostra atravessa quase 200 anos de produção artística na França, dos séculos 18 ao 20, exibindo retratos, paisagens, naturezas-mortas e cenas históricas e do cotidiano de 24 importantes artistas do período. Estão representados pintores de herança neoclássica, como Jean-Auguste-Dominique Ingres (1780-1867), e romântica, como Eugène Delacroix (1798-1863); além de nomes ligados aos movimentos precursores do Modernismo, como o Realismo, de Gustave Courbet (1819-1877); o Impressionismo, de Claude Monet (1840-1927) e Edgar Degas (1834-1917); o Pós-Impressionismo, de Paul Cézanne (1839-1906), Vincent Van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-1903); o grupo dos Nabis, de Edouard Vuillard (1868-1940); e o Cubismo, de Pablo Picasso (1881-1973).

Pierre-Auguste Renoir, Rosa e azul (As meninas Cahen d´Anvers), 1881.

Como curiosidade um episódio trágico sobre uma das personagens da pintura Rosa e azul (As Meninas Cahen d´Anvers) (1881), de Renoir. Ao visitar uma exposição na Fundação Pierre Gianadda, da qual a obra participava, Jean de Monbrison reconheceu sua tia Elisabeth Cahen d’Anvers, a menina loira, à direita na tela. O visitante emocionou-se com a imagem e escreveu ao diretor da fundação dizendo que era o último membro da família a ter visto ainda em vida Elisabeth Cahen-d’Anvers, filha de avô dele e que ela tinha sido enviada ao campo de concentração Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial em 1944. Apesar de convertida ao catolicismo, Elisabeth tinha mais de 50 anos e morreu no trem, a caminho do campo de concentração. Obras que retratam a história do mundo e que devem ser vistas com muito primor e sensibilidade. O MASP tem entrada gratuita às terças-feiras, durante o dia todo, e às quintas-feiras, a partir das 17h. Vale à pena conferir a exposição!