29 de janeiro de 2016

The Sweetest Thing


Dizem que filme brasileiro tem muito palavrão, mas The Sweetest Thing ou Tudo para ficar com ele (2002) tem uma coleção deles. A comédia romantica tem momentos engraçados, mas, por vezes, perde a medida e chega-se ao exagero. A trama não tem grandes surpresas e/ou reviravoltas. Cameron Diaz não impressiona em sua atuação. Na narrativa, Christina Walters (Cameron Diaz) é uma bela mulher que tem por princípios não idealizar como seria seu homem perfeito, pois ele pode estar bem ao seu lado sem que ela perceba. Sua teoria vai por água abaixo quando, em uma de suas saídas com as amigas Courtney (Christina Applegate) e Jane (Selma Blair), conhece Peter (Thomas Jane), com quem passa uma noite maravilhosa. Entretanto, ao acordar na manhã seguinte Christina não encontra mais Peter. Desesperada e completamente apaixonada, Christina então convence Jane e Courtney a partirem com ela em uma viagem para reencontrar aquele que ela agora considera ser seu homem perfeito. Como curiosidade, é bom saber que a película foi baseada na relação da escritora Nancy Pimental com sua amiga Kate Walsh. Assista o trailer!

28 de janeiro de 2016

Something Borrowed


A comédia romântica Something Borrowed ou O noivo da minha melhor amiga (2011) é leve e entretém. A história é bem verossímil. O roteiro tem bons elementos: é estruturado, tem bons diálogos e cenas dinâmicas. Na narrativa, Rachel (Ginnifer Goodwin) vai fazer 30 anos e é toda certinha, mas durante uma comemoração bebe além da conta e acaba transando com Dex (Colin Egglesfield), um amigo da faculdade. O problema é que ele é o noivo de sua melhor amiga, Darcy (Kate Hudson), de quem ela será madrinha de casamento. Algumas curiosidades... O ator Colin Farrel chegou a ter o nome associado ao personagem Marcus, mas o papel acabou ficando com Steve Howey. Peter Facinelli chegou a fazer teste para o papel de Dex, mas quem levou foi Colin Egglesfield. Que tal ver o trailer?



27 de janeiro de 2016

Splash ou A História da Gota que Sonhava ser Rio

Foto: Rodrigo Palmieri

De maneira lúdica e divertida, a peça infantil Splash ou A História da Gota que Sonhava ser Rio questiona a busca da felicidade. Na história, em uma máquina de videogame tudo funcionava como programado, até que uma pane e curtos elétricos acontecem. Inexplicavelmente, os componentes desse jogo despertam, mas sem a menor ideia de quem são e onde estão. Tudo o que sabem é que precisam fazer o jogo voltar a funcionar, para que tudo volte a ser como antes. A chave para o mistério é vencer a primeira fase do jogo. Mas como? O que fazer? O que falta? Falta? Nessa história lúdica e bem-humorada, crianças e adultos conhecerão uma gota que foi em busca de sua felicidade. O espetáculo é resultado do projeto "A Parte Que Falta", contemplado pelo 1º Prêmio Zé Renato, e traz à cena uma divertida história com reflexão saudável e pertinente para todas as idades. É o quinto espetáculo de repertório da República Ativa de Teatro que comemora seus 10 anos de existência trazendo à cena uma reflexão saudável e pertinente para todas as idades: a busca da satisfação, da felicidade e a incompletude do ser. Dia 30 de janeiro, às 16h, inicia a temporada do espetáculo infantil no Centro Cultural São Paulo, com Direção de Rodrigo Palmieri e Dramaturgia de Vivi Gonçalves. A temporada irá até 28 de fevereiro. Divirta-se com sua criança!

26 de janeiro de 2016

Filhos do Éden: herdeiros de Atlântida


Com uma editoração péssima do livro, Filhos do Éden: herdeiros de Atlântida, de Eduardo Spohr, não empolga. De cara, falta pontuação, alguns espaços a mais, outros a menos, frases que começam com letra minúscula e por aí se vai. Um desastroso exemplo de revisão de original e cuidado com a obra literária. Diria: imperdoável! No que se refere à construção da narrativa, os diálogos são pobres e previsíveis. Informações dadas no livro sobre o mundo celestial proposto, por vezes, são boas e demonstra inclusive a capacidade de pesquisa do referido assunto e que o autor mergulhou de cabeça. Contudo, e na grande maioria das vezes, elas são jogadas como mero conhecimento para pontuar ou esclarecer o leitor sobre determinados pormenores, tornando assim, a trama fraca já que elas não fazem parte intrínseca no emaranhado da narrativa. Mas o livro não é de todo ruim, por vezes e pontualmente é criativo. Ele nos revela anjos de uma menina preso num avatar de humano, querubins e anjos de várias castas em embates de guerra e ex-espião em busca de anistia. A escrita é fácil e clara, o que ajuda um pouco o ritmo da leitura já que a história em si perde o embate de prender o leitor à trama. No final, o leitor que não conseguiu se conectar de corpo e alma ao esqueleto principal da narrativa, provavelmente dispensará os outros livros da série. No final de Filhos do Éden: herdeiros de Atlântida há um apêndice muito curioso que vale à pena ler. Na história proposta por Spohr, há uma guerra no céu. O confronto civil entre o arcanjo Miguel e as tropas revolucionárias de seu irmão, Gabriel, devasta as sete camadas do paraíso. Com as legiões divididas, as fortalezas sitiadas, os generais estabeleceram um armistício na terra, uma trégua frágil e delicada, que pode desmoronar a qualquer instante. Enquanto os querubins se enfrentam num embate de sangue e espadas, dois anjos são enviados ao mundo físico com a tarefa de resgatar Kaira, uma capitã dos exércitos rebeldes, desaparecida enquanto investigava uma suposta violação do tratado. A missão revelará as tramas de uma conspiração milenar, um plano que, se concluído, reverterá o equilíbrio de forças no céu e ameaçará toda vida humana na terra. Ao lado de Denyel, um ex-espião, os celestiais partirão em uma jornada através de cidades, selvas e mares, enfrentarão demônios e deuses, numa trilha que os levará às ruínas da maior nação terrena anterior ao dilúvio – o reino perdido de Atlântida.

25 de janeiro de 2016

Begin Again


Para começar uma semana com uma boa pedida, sugerimos o drama/ romance Begin Again ou Mesmo se nada der certo (2013). Trata-se de uma história dinâmica com vários olhares e um encontro encantador. Dois personagens tão antagônicos, mas com mais semelhanças do que possamos imaginar. A história flui organicamente. Um filme delicado e gostoso de assistir. Na narrativa, uma cantora (Keira Knightley) se muda para Nova Iorque, mas logo após chegar no local, seu namorado americano decide terminar o relacionamento. Em plena crise, ela começa a cantar em bares, até ser descoberta por um produtor de discos (Mark Ruffalo), certo de que ela pode se tornar uma estrela. Confira o trailer e se encante!



22 de janeiro de 2016

Tokarev


O suspense/ ação Tokarev ou Fúria (2014) tem uma história bem estruturada, plots bem amarrados e fortalecidos, mas é uma trama mediana. A direção é fluida e bem feita. Na história, Paul Maguire (Nicolas Cage) esteve envolvido durante muito tempo com o mundo do crime, mas hoje ele tenta viver uma vida tranquila, protegendo a sua filha. Um dia, no entanto, a garota desaparece e Paul decide reunir os amigos de antigamente, pegar em armas e se vingar dos responsáveis, líderes da máfia russa. Para quem gosta do gênero, é uma boa pedida. Assista o trailer!



21 de janeiro de 2016

Omamamia


Com humor refinado, a película alemã Omamamia (2012) tem uma ideia original muito boa.  A comédia tem uma bela direção e fotografia. A história é uma graça e muito bem escrita. Oma é uma personagem interessantíssima com todas as suas características e nuances, e, a interpretação de Marianne Sägebrecht é simplesmente cativante. Na narrativa, Oma tem mais de sessenta anos e seu sonho é ver o Papa, assim toma um avião para Roma. Mas antes de chegar ao Vaticano, terá diversas aventuras depois de descobrir que sua neta vive com um roqueiro mais velho e de conhecer um cego vigarista. Confira o trailer!

20 de janeiro de 2016

A Long Way Down


A comédia dramática A Long Way Down ou Uma longa queda  (2014) toca o nosso coração de certa forma. Seja pelos personagens, histórias ou pelo final acalentador. Com cenas sensíveis, acompanhamos quatro personagens ricos em suas trajetórias e dilemas. Os diálogos são interessantes e, por vezes, engraçados. A trilha sonora é uma delícia. Na trama, na noite de Ano Novo, quatro pessoas solitárias se encontram no topo de um prédio. Curiosamente, todos têm o mesmo plano: cometer suicídio. Diante da ironia da situação, eles se tornam amigos, e fazem um pacto: nenhum deles se matará até o Dia dos Namorados, em fevereiro. Nos meses que se seguem, os quatro acabam ajudando uns aos outros. Uma curiosidade: Johnny Depp comprou os direitos desta adaptação literária antes mesmo de o livro ser lançado. Assista o trailer!

19 de janeiro de 2016

Um gato de rua chamado Bob


O livro Um gato de rua chamado Bob, de James Bowen, tem uma história sensível que por vezes nos traz lágrimas aos olhos. É edificante saber que um animal em sua simples inocência ou existência pode transformar um ser humano perdido em drogas, dando-lhe muito mais do que um horizonte de vida. Bob para James é como um filho, assim como é a relação de todos os animais de estimação e seus donos em que há proximidade e cumplicidade. A escrita é simples e clara. Para os devoradores de livros, ela se faz não mais que um dia. O leitor torce com certa constância pelos dois: dono e animal. Um contraponto a se pensar em meio a toda essa magia: ficamos mais fascinados em ajudar um gato de rua que vive no ombro de seu dono à estender a mão ao nosso semelhante, com as mesmas necessidades, e poder prover para ele uma palavra ou ao menos um gesto de carinho. Temos muito o que aprender, penso, e é exatamente dentro de uma história encantadora que podemos nos permitir e ter tais reflexões no ensejo de mudar o mundo. O livro é um encanto, tanto pela cativante história quanto pela narrativa simples e eficaz. Bob e James nos conquistam! Na trama que acontece numa tarde de outono em Covent Garden, Londres, trabalhadores correm para o almoço, turistas brotam de todos os lados e clientes entram e saem das lojas. No meio de tudo isso está um gato. Usando um vistoso lenço Union Jack em volta do pescoço e cercado por uma multidão de 30 espectadores de boca aberta, Bob, o gatinho cor de laranja, sorri — é, sorri — timidamente. Próximo a ele, está seu dono James Bowen, com seu violão surrado, cantando músicas do Oasis. Então, ele para de tocar e se abaixa para Bob: “Vamos, Bob, cumprimente!”, diz. Bob mexe os bigodes, levanta uma pata e a estende para James. A multidão assobia. Não é todo dia que se vê um gato sentado, calmamente, no centro de Londres, aparentemente sem se abalar com o barulho das sirenes, os carros passando e todo aquele movimento — mas Bob não é um gato comum. Para saber mais sobre James e Bob, visite-os por esse link da página deles. Também veja essa entrevista que saiu no Jornal Nacional sobre a trajetória dos dois.



18 de janeiro de 2016

White House Down


A ação americana White House Down ou O ataque (2013) tem uma construção de personagens e mundo morosos, mas, depois disso o roteiro tem ritmo, ação e flui. No final temos uma boa resolução. A motivação do antagonista para tal intento é fraca dentro de todo o contexto. Na trama, o ex-militar John Cale (Channing Tatum) tinha o grande sonho de entrar para a equipe do serviço secreto que protege o presidente dos Estados Unidos (Jamie Foxx), mas vê sua intenção ir por água abaixo quando não é aprovado na seleção. Sem saber como dar a notícia para sua filha, ele a leva para um passeio à Casa Branca. O que John não esperava era que neste mesmo dia o local fosse atacado por um grupo paramilitar fortemente armado. Com o governo tendo que enfrentar o caos na nação e o relógio correndo, cabe a John encontrar algum jeito de salvar o presidente do ataque. Uma curiosidade: o chefe de decoração Kirk M. Petruccelli e sua equipe trabalharam durante sete semanas para criar uma versão da Casa Branca, com 70% do espaço reproduzido. Confira o trailer!



15 de janeiro de 2016

Papete


O cantor, compositor e percussionista brasileiro Papete é parte viva de nossa história musical. Renomado e reconhecido internacionalmente, obteve notoriedade internacional por sua técnica no berimbau. A partir de 1990, passou a apresentar-se pelo Brasil com uma banda própria, interpretando músicas do Maranhão. Aliás, nunca nega suas origens, para ele "o São João é uma parceria com a minha parte espiritual. É um compromisso religioso com a minha infância, de resgate do meu passado, e um encontro com tudo aquilo que eu acredito. Eu amo a cultura maranhense." Na sua criação, Papete é puro brasileirismo em cada nota e som que pronuncia. Uma riqueza singular e ao mesmo tempo uma pluralidade sonora. Com os arranjos melódicos de cordas e sopros, a percussão extraordinária do Papete, e um profundo mergulho na sonoridade das manifestações culturais do Maranhão. Puro nordeste! Confira um pouco de sua obra. Aqui o álbum Bandeira de Aço.



14 de janeiro de 2016

Divã a 2


A história de Divã a 2 (2015) tem um bom recorte. Além disso, é estruturada, leve e uma delicia de se assistir. O roteiro tem algumas obviedades, inclusive no final, mas não atrapalha o ritmo e o contar da trama. Aliás, a película brasileira cumpre o objetivo de entreter. É bem produzido e bem dirigido. Na narrativa, Eduarda (Vanessa Giácomo) é uma ortopedista bem-sucedida, casada com o produtor de eventos Marcos (Rafael Infante) há 10 anos. Devido ao desgaste do relacionamento, eles resolvem fazer uma terapia de casal. Só que, durante as sessões, eles decidem se separar. É quando Eduarda conhece Leo (Marcelo Serrado), por quem fica interessada. Confira o trailer!

13 de janeiro de 2016

Love is Strange


O drama francês/ americano Love is Strange ou O amor é estranho tem uma história sensível, verossímil e de extrema doçura traduzidas em sentimentos e na dinâmica das relações. Além disso, conta com uma excelente direção. O roteiro é bem estruturado. Algumas cenas são tão realistas e verdadeiras que são intocáveis. Cenas humanas, diria! Belíssimas atuações. A trilha sonora é encantadora e de uma ternura assertiva. O final é arrebatador e surpreende a audiência. Na narrativa, Ben (John Lithgow) e George (Alfred Molina) formam um casal há quatro décadas. Quando finalmente decidem se casar, a cerimônia é aprovada por amigos e familiares, mas acaba levando George a perder o seu emprego. Sem dinheiro, os dois são obrigados a viver separadamente até conseguirem vender a casa e comprar outra, mais barata. A nova vida em lares provisórios torna-se bastante desgastante para o casal e para os amigos envolvidos. É bom que se diga que o filme foi selecionado em alguns dos maiores festivais de cinema do mundo, como Berlim, Sundance, Tribeca e Los Angeles. Confira o trailer!

12 de janeiro de 2016

Tereza Batista cansada de guerra


Com uma mente criativa, várias histórias numa só, Jorge Amado, nos transporta para um mundo de prostitutas, banqueiros, pescadores e tantos outros com muita simpatia. Revela-nos personagens dos quais nos identificamos com sua dor, seu riso, dilemas, conflitos e seja lá mais o que for. Um sotaque único. O autor escancara ao mundo a linguagem da Bahia e deixa os leitores mais desatentos simplesmente curiosos. Em Tereza Batista cansada de guerra, temos vontade de tomar um avião, carro ou qualquer outro tipo de transporte para desvendar e conhecer essa Aracaju e Bahia que encanta com essa veracidade quase surrealista. Amado é único em sua escrita. Mesmo que algum dia alguém tente, jamais conseguirá alcançar a maestria de suas linhas e entrelinhas. Para ele dizer que um personagem não tem caráter, descreve-o em vários parágrafos com detalhes de quase uma poesia. Mas ao final deles, o leitor está tão envolvido e encantado com o mau caratismo do citado personagem que é difícil não ler todo o livro. Uma riqueza de vocabulário, hoje em dia diria que uma raridade. Não é à toa que conquistou o mundo e sempre vale à pena nos presentear com suas leituras ou releituras. Reli e amei! Na narrativa, órfã de pai e mãe, a menina Tereza é vendida pela tia Felipa a Justiniano Duarte da Rosa, o capitão Justo. Nas terras dele, é tratada como propriedade, inclusive do ponto de vista sexual. Mas Tereza irá lutar até o fim contra as dominações a que se vê submetida. Surpreendida pelo capitão ao lado do amante Daniel, Tereza é obrigada a se defender das violências de Justiniano com uma faca. Presa, ela será libertada por Emiliano Guedes, usineiro rico e antigo admirador. Na vida de Tereza muitos amores e guerras. O espírito do inconformismo, da luta e da sedução garantem o lugar de Tereza Batista entre as grandes protagonistas de Jorge Amado.

11 de janeiro de 2016

Boa sorte


O brasileiríssimo Boa sorte (2014) é uma excelente pedida para começar o ano com obras cinematográficas de boa referência. O filme tem um roteiro brilhante e é bem dirigido. Aliás, uma direção bem criativa. Os diálogos são inteligentes. A temática e o mundo dos personagens são tratados equilibradamente entre o drama e o riso que nos vem naturalmente. O resultado disso? Cenas lindíssimas. O contraste da alegria irreverente com a locação decadente é instigante. A interpretação de Deborah Secco é única e porque não dizer singular. Uma amadurecimento e tanto para a atriz. A trilha sonora é assertiva. Na narrativa, o adolescente João (João Pedro Zappa) tem uma série de problemas comportamentais: ele é ignorado pelos pais e se torna agressivo com os amigos de escola. Quando é diagnosticado com depressão, seus familiares decidem interná-lo em uma clínica psiquiátrica. No local, ele conhece Judite (Deborah Secco), paciente HIV positivo e dependente química, em fase terminal. Apesar do ambiente hostil, os dois se apaixonam e iniciam um romance. Mas Judite tem medo que a sua morte abale a saúde de João. O filme é uma adaptação do conto "Frontal com Fanta", de Jorge Furtado. Que, a proposito, também escreveu o roteiro. A película foi exibida no Paulínia Film Festival e Festival do Rio 2014. Confira o trailer!