31 de outubro de 2016

Quem soltou o Pum?


O livro infanto-juvenil Quem soltou o pum?, de Blandina Franco e José Carlos Lollo é simplesmente uma delícia. A começar pelo sugestivo título. A ideia original é bem criativa e a narrativa é cercada de humor em demasia. As dúbias interpretações são um charme à parte dentro de todo o contexto. O Pum é um personagem inebriante e o narrador, o menino que solta o Pum toda hora, é bastante elucidativo em sua tese de defender qual o problema de soltar o Pum, já que ele é um lindo cachorro em plena idade de crescimento. A história é simples, mas a sacada é das boas: imagine um cachorrinho de estimação que se chama Pum! Daí dá para tirar diversos trocadilhos, criando frases e situações realmente hilárias. É um tal de não conseguir segurar o Pum, que é barulhento e atrapalha os adultos, que dizem que o Pum molhado, em dia de chuva, fica mais fedido ainda, o que faz o menino passar muita vergonha. Pobre Pum. E pobre dono do Pum! Mas não tem jeito, com o Pum é assim mesmo: simplesmente ninguém consegue evitar que ele escape e cause certos inconvenientes. Vale à pena presentear uma criança com essa obra prima!

28 de outubro de 2016

The Princess and the Pea


Com a direção dinâmica, diálogos efetivos e humor explicito, a animação The Princess and the Pea trata-se da recontagem de um conto de fadas clássico. Na história, um príncipe em busca de uma princesa e uma viajante em busca de uma cama e comidas quentinhas que se diz uma princesa. E, obviamente, um teste estúpido com uma ervilha. O que o príncipe e a rainha não contavam era a postura moderna de uma princesa que, antes de tudo, é uma mulher. Assista!



27 de outubro de 2016

40ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo



Até o dia 2 de novembro, acontece a tradicional Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Serão exibidos 322 títulos em 35 endereços, entre cinemas, espaços culturais e museus espalhados pela capital paulista, incluindo projeções gratuitas e ao ar livre. A seleção faz um apanhado do que o cinema contemporâneo mundial tem produzido, além de apresentar tendências, temáticas, narrativas e estéticas. 40ª Mostra é composta por seis seções: Homenagens, Apresentações Especiais, Foco Polônia, Competição Novos Diretores, Mostra Brasil e Perspectiva Internacional. Veja os filmes e diretores desta edição. 

26 de outubro de 2016

OVONO

Foto: Bernardo Galegale

Reconhecido por montagens ousadas e inusitadas, o artista multimídia Ricardo Karman estreia, no dia 5 de novembro, às 20 horas, seu novo espetáculo OVONO no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde permanece em cartaz até o dia 12 de dezembro. Ensaios abertos (grátis) acontecem nos dias 29, 30 e 31 de outubro, sábado e segunda, às 20 horas, e domingo, às 19 horas. A montagem é uma aventura de ficção científica, satírica e filosófica, na qual um gigantesco osso vindo do espaço está prestes a destruir a Terra. A única esperança do planeta é Ovono, o mais perfeito cérebro artificial já criado, mas esta “máquina” está aprendendo a pensar – a ter sentimentos – e pode não estar preparada para a difícil missão de destruir o objeto ameaçador e salvar a humanidade. 

Foto: Ricardo Karman

Além de Ricardo Karman (texto, direção e cenografia), a ficha técnica traz Amir Admoni na direção de animação e vídeo,Tito Sabatini como diretor de projeto multimídia, José de Anchieta no figurino, Domingos Quintiliano na iluminação e Otávio Donasci em projeto e consultoria de inflável. O elenco é formado por Gustavo Vaz, Paula Arruda, Paula Spinelli, Fábio Herford, Bruno Ribeiro e César Brasil. O enredo discute a ambição pelo progresso tecnológico no decorrer da evolução da civilização. Com uma linguagem multimídia inusitada a encenação ousa em técnicas de vídeo maping com projeções em suportes esféricos e infláveis (seres e imagens criadas digitalmente). Ricardo Karman e a Kompanhia do Centro da Terra levam para o teatro uma reflexão fundamental sobre os rumos do progresso e o ônus do desenvolvimentismo irrefreável em nossa época. OVONO é híbrido de teatro, mímica, vídeo e animação computadorizada: as personagens interagem com animações digitais, criando uma dinâmica cênica que mistura o real e o virtual - linha mestra da pesquisa de 27 anos da Kompanhia. A criação de Karman foi inspirada, de forma irônica, na corrida espacial dos anos 60 e 70, em filmes de ficção científica como2001 - Uma Odisseia no Espaço (Stanley Kubrick, 1968) e no livro de Gênesis (Bíblia). O osso arremessado para o alto por um macaco (no filme) como alusão ao brilhante futuro da raça humana, marca a utopia do final do século XX. Para Ricardo Karman “o desafio em OVONO é manter a ‘simplicidade’ teatral sem deixar transparecer o inerente rigor técnico e a sofisticação eletrônica para que a história tenha um curso natural e envolvente, diante de uma dramaturgia que assume meios digitais de comunicação como ponte para a estética contemporânea”. Ele ainda explica o significado do título: “ovon-o” remete a novo, a grafia é o contrário de “o-novo”. Prestigie o que é nosso!

25 de outubro de 2016

Interruption


A película grega, francesa e croata Interruption ou Interrupção (2015) não empolga. O roteiro é monótono e enfadonho, contudo, a direção tem uma estética visual interessante. A ideia original, apesar de estranha, tem certo fascínio. A história em si tenta se equilibrar numa linha tênue entre o sacal e o maçante. A fotografia também não surpreende. Na narrativa, uma adaptação pós-moderna de uma tragédia grega clássica ocorre em um teatro no centro de Atenas. O público toma seus lugares e o espetáculo começa. De repente, as luzes se apagam. Alguns jovens, vestidos de preto e armados, sobem ao palco, pedem desculpas pela interrupção e convidam a plateia a se juntar a eles. As pessoas são cativadas pela ambivalência da situação, sem saber se o que está acontecendo faz parte da peça ou não. A encenação continua com uma importante diferença: a vida imita a arte e, não, o contrário. A película faz parte da 40ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Assista o trailer!


24 de outubro de 2016

Arte e ciência de roubar galinha


Pelo menos uma vez na vida, todo leitor deveria ler João Ubaldo Ribeiro e de quebra o livro Arte e ciência de roubar galinha. De frases e letras simples e claras, o autor em sua suprema inteligência faz de uma história banal a elaboração mais contundente de inteligência singular ao nos apresentar personagens pra lá de cativantes, engraçados e peculiares. O riso sai fácil das entrelinhas até chegar aos lábios dos mais desavisados com muita sutileza, verdade e espirituosidade. Os diálogos são célebres e genuinamente baiano com uso de expressões locais pra lá de instigante. Na narrativa, o livro traz algumas das melhores crônicas do autor, publicadas na imprensa, em torno da ilha de Itaparica. É assim que ele descortina para o leitor as suas memórias de infância e juventude, o seu dia-a-dia na ilha, os caos e conversas com personagens locais, representantes reais da gente brasileira. Primoroso! Vale à pena ler.

21 de outubro de 2016

Patchwork


Bem dirigida, a animação Patchwork (2014) tem uma história surpreendente com sólidos pontos de virada e uma trilha sonora que exala certa sensualidade. Na narrativa, Adam perdeu sua amada, e sua inspiração criativa morreu naquele dia. Determinado a recuperá-la, ele marca encontros rápidos em um café local. Excelente final!



20 de outubro de 2016

The Gift


A animação The Gift é simples em seus traços, mas a história em si é encantadora, sólida e cativa pela sua essência. Há muitos aprendizados nela e, com toda certeza, é o espelho de qualquer relação a dois. A trilha sonora é assertiva. Na narrativa, a história de um doce casal que vê o amor se desfazendo com o tempo por não saberem compartilharem suas vidas, desejos e expectativas. Mas sempre há uma reviravolta inesperada. Assista-o!

19 de outubro de 2016

Theresinha


O espetáculo Theresinha foi concebido a partir dos escritos autobiográficos e poéticos da jovem francesa Thérèse de Lisieux (1873-1897), freira carmelita descalça, canonizada em tempo recorde pela Igreja Católica. No Brasil, é popularmente conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus. A peça reestreia no dia 6 de novembro, às 18 horas no Teatro do Mosteiro de São Bento de São Paulo. Um luxo! A montagem faz uma radiografia do dilema do homem moderno – o conflito entre a razão e a fé, na pele de Theresinha, não privilegiando a dimensão puramente religiosa, mas a dimensão humana dessa jovem mulher que virou santa, e que, no final do séc. XIX, vivenciou as questões e contradições que marcariam o séc. XX e a pós-modernidade. A encenação de Helder Mariani apresenta a personagem através de uma jovem atriz, sozinha. A atriz conduz a plateia até o século XIX, na França, e nos traz a jovem freira, sozinha; ambas diante do mesmo vazio. Essas duas jovens mulheres de épocas tão diferentes têm em comum a ânsia da busca pelo sentido da existência humana e o desejo compulsivo de transformar a realidade vazia de sentido. São buscas humanas num tempo onde um racionalismo exacerbado e prepotente domina – e já dominava no XIX - nossas cabeças. No palco despojado, a atriz conta apenas com seus próprios recursos físicos e vocais. A encenação de Theresinha é despida de qualquer cenografia. Gabriela Cerqueira dispõe somente de um singelo e pequeno banco de madeira para revelar o temperamento intrigante desta jovem que viveu apenas 24 anos, e que hoje é considerada uma das “santas” mais influentes da modernidade. O Teatro do Mosteiro de São Bento de São Paulo fica no Largo de São Bento, s/n. Centro/SP. Metrô São Bento. Vale à pena conferir!

18 de outubro de 2016

O Santo Dialético



O espetáculo O Santo Dialético surpreende do inicio ao final. A começar pela proposta do todo, não só da cênica em si, mas do conceito do espetáculo. Ele é diferente e nos transporta para uma experiência e não apenas ficamos inertes assistindo a uma história. Aliás, a história do espetáculo é forte, tem um texto preciso e, ao mesmo tempo, transmite uma beleza e, por vezes, uma leveza natural sobre o tema. Convence! A encenação é dinâmica e original. Também nos deparamos com belíssimas atuações. Um show de talentos! Quem gosta de teatro, precisa ter em O Santo Dialético uma parada obrigatória. Para saber mais sobre o espetáculo e assistir ao teaser, entre neste link e divirta-se. Vale à pena!

Cristiane de León, Valdilice de Carvalho e um In Tempora Duo


No próximo dia 22 de outubro às 20h, o Centro de Música Brasileira (CMB) apresenta dois grupos, um duo de violino e piano com Cristiane de León e Valdilice de Carvalho, e, um In Tempora Duo com Eliana Guglielmetti Sulpicio (percussão) e Carlos Sulpicio (trombeta) na Sala Cultura Inglesa do Centro Brasileiro Britânico, em Pinheiros. 


No programa vários compositores brasileiros como Eliana Guglielmetti Sulpicio, Fernando Cupertino, Nilcéia Baroncelli, Osvaldo Lacerda, Oswaldo Franconi, Patrícia Machado Mello, Savino De Benedictis, Silas de Oliveira, Villa-Lobos e Ziul y Vel. O evento é gratuito!

17 de outubro de 2016

Oriente Médio


Com uma linguagem fácil de se assimilar e cronologia clara, o livro Oriente Médio, de Leandro Karnal aborda um assunto muito difícil de compreender, apesar do relato histórico. Em termos de conteúdo, faltou se aprofundar mais no tema, deixando o leitor mais envolvido com a questão. Possivelmente esse é o ponto negativo de todo livro histórico que apenas é narrado em sua superficialidade. No final das contas, sob o ponto de vista do assunto abordado é um livro interessante, mas não empolga em suas entrelinhas. Na narrativa, o livro ajuda a entender uma questão importante para o mundo contemporâneo; os atritos no Oriente Médio, que remontam aos tempos bíblicos. Focaliza também as riquíssimas culturas orientais, de tradição brilhante e criativa. Questões centrais dos programas de história e geografia são enfocadas, bem como reflexões gerais e amplas, que ajudam a repensar o mundo atual.

14 de outubro de 2016

Ludo voo


O artista plástico Guto Lacaz apresenta nos dias 28 e 29/10 às 21h, na Sala Olido, a performance Ludo voo, inspirada nos princípios básicos da aviação. O paulistano de 68 anos, misto de escultor, ilustrador, cenógrafo e videomaker utiliza objetos prosaicos do cotidiano para suas apresentações. Ele leva ao palco aviões de brinquedos, asas mecânicas e bumerangues, além de "objetos voadores identificáveis", como ele mesmo define o uso de um pincel, um cabide e uma faca que voam no espaço cênico por meio de cabos e polias. O evento é gratuito e os ingressos podem ser retirados a partir das 20h. Prestigie!

13 de outubro de 2016

A Sister's Revenge


O thriller canadense A Sister's Revenge ou Vingança Fraterna (2013) tem um roteiro e história monótona e sem grandes reviravoltas, apesar do tema instigante. Os conflitos e obstáculos não convencem e a direção também não surpreende. Na narrativa, Michael é um bem sucedido homem de negócios que tem tudo: um restaurante de luxo, uma bela casa e uma família carinhosa. Até que um dia, Suzanne, uma sensual femme fatale, entra em sua vida de forma bastante má intencionada. Confira o trailer!

12 de outubro de 2016

Cineclube Araucária

O Mundo dos Pequeninos

Em outubro, três mostras de cinema agitam a tela do Cineclube Araucária em Campos do Jordão. A primeira, Especial Crianças, é dedicada aos pequeninos no mês em que é celebrado o Dia das Crianças. Aliás, hoje é o dia delas! Na sequência, o Panorama do Cinema Turco contempla a filmografia de mais um país, como vem ocorrendo a cada mês, desde o início do ano. E a terceira, Retrospectiva Ingrid Bergman, reverencia uma das maiores estrelas da sétima arte de todos os tempos. A mostra Especial Crianças ocorre de 17 a 20/10 das 9h e às 14h, formada pelos filmes: As Aventuras de Peter Pan, de Clyde Geronimi e Wilfred Jackson; O Mundo dos Pequeninos, de Hiromasa Yonebayashi; Um Conto Americano - O Tesouro de Nova Iorque, de Larry Latham; A Fuga das Galinhas, de Peter Lord e Nick Park.

Canakkale 1915

Entre os dias 20 e 23/10 acontece o Panorama do Cinema Turco com exibição respectiva dos longas-metragens: 3 Macacos, de Nuri Bilge Ceylan; Canakkale 1915, de Yesim Sezgin; Barcos de Casca de Melancia, de Ahmet Ulukay; e Um Doce Olhar, de Semih Kaplanoglu. Na matinê, Sinbad: A Lenda Dos Sete Mares, de Patrick Gilmore e Tim Johnson.

A Visita

E a estrela Ingrid Bergman pode ser vista na tela do Cineclube, no período de 27 a 30/10, nos seguintes filmes: A Visita, de Berhard Wicki; Stromboli, de Roberto Rossellini; Sonata de Outono, de Ingmar Bergman; e Casablanca, de Michael Curtiz. Na matinê, Princesa Anastácia, de Don Bluth e Gary Goldman. Vale à pena prestigiar! 

11 de outubro de 2016

Espelhos


O espetáculo Espelhos – estrelado por Ney Piacentini e dirigido por Vivien Buckup – estreia no próximo dia 20 de outubro às 20h na Oficina Cultural Oswald de Andrade. A encenação reúne os contos O Espelho, de Machado de Assis (integrante de Papéis Avulsos, publicado pela primeira vez em 1882), e O Espelho, de Guimarães Rosa (publicado em 1962, integrando seu livro Primeiras Estórias). A montagem é o resultado de pesquisas e experimentações cênicas, realizadas ao longo do ano de 2015, para apresentar na íntegra os dois contos, compondo um único trabalho teatral que explora as relações entre literatura e teatro. No primeiro ato, Piacentini investe-se de Jacobina, personagem de Machado de Assis que conta a amigos uma misteriosa passagem de sua juventude na qual precisou enfrentar a solidão. Em seguida, o ator assume a personagem criada por Guimarães Rosa que parte em busca de sua essência. O trabalho propõe o diálogo entre a aguda percepção de Machado acerca da formação do sujeito brasileiro e a poética descoberta que Rosa nos oferece com sua inquieta personagem. O espetáculo é provocador e propõe uma reflexão sobre as relações entre imagem e subjetividade por meio do pensamento de dois escritores, referências fundamentais da literatura e da arte brasileira. Por não se tratarem de textos dramatúrgicos propriamente ditos, o empenho maior foi em sublinhar o caráter narrativo dos contos e permitir que a força literária de cada um encontrasse seu equivalente em teatralidade. A entrada do espetáculo é franca e os ingressos devem ser retirados 2 horas antes da sessão. A Oficina Cultural Oswald de Andrade fica na Rua Três Rios, 363 ­ Bom Retiro/SP. Vale à pena conferir esta proposta!

10 de outubro de 2016

Memórias de um caçador


Com uma linguagem envolvente, o livro Memórias de um caçador, de Ivan Turguêniev nos traz uma realidade bem interessante de uma sociedade russa. Página por página vamos conhecendo personagens interessantes sob o ponto de vista de sua construção e, ao mesmo tempo, que o leitor se encanta com os mesmos, através de uma identificação imediata. Publicado em 1852, o livro obteve de imediato grande sucesso tanto na Rússia como na Europa, onde foi traduzido para o francês, o alemão e o inglês, abrindo pela primeira vez as portas do Ocidente para a literatura russa. O estilo refinado de Turguêniev, e suas descrições memoráveis das paisagens e dos homens do povo encontrados nas perambulações do narrador pelo interior da Rússia, cativaram o público de tal forma que a obra tornou-se peça-chave no movimento pela emancipação dos servos naquele país. Além de consagrar Turguêniev como um dos grandes ficcionistas russos, os 25 contos reunidos pelo autor tornaram-se um paradigma para os escritores da posteridade, de Górki e Tchekhov a Conrad e Hemingway. Uma leitura agradável e que vale muito à pena viajar nessas entrelinhas. Mais que recomendo!

7 de outubro de 2016

Black Alien


O som de Black Alien é um rap curioso e provocativo. A letra é fácil, rápida e intencional. O ritmo é incomum, mas convence e, mais do que isso, nos seduz à dançar ou à cantar. Ele acaba de lançar o Vol. II do CD "No Princípio era o Verbo", uma poesia, com direito a tradução em libras e tudo mais. Uma verdadeira democracia musical! Aqui no vídeo clipe da música "Caminhos do Destino." Confira!

6 de outubro de 2016

11 Paper Place


Com uma ideia pra lá de original, o curta-metragem 11 Paper Place já demonstra nos primeiros segundos uma impecável direção e uma trilha sonora assertiva. A narrativa, apesar de clássica, é instigante e faz com que a audiência se envolva com a história dos personagens. Um luxo! 11 Paper Place é uma história de amor entre duas folhas de papel que são cuspidas numa lixeira por uma impressora com defeito e, magicamente, se transformar em seres com vida de papel. Confira!

5 de outubro de 2016

As Filhas da Mãe


Reestreou a comédia As Filhas da Mãe de Ronaldo Ciambroni no Teatro Extra Itaim. Temporada, sábados, às 21h30 e domingos, às 20h, até 13 de novembro. Na narrativa, As Filhas da Mãe conta a história de uma mãe de meia idade, Diva Maria, cuja longa e fracassada trajetória nos meios artísticos a leva a investir na carreira das duas filhas, Deise Maria e Dalva Maria. Como ambas são totalmente desprovidas de talento, as inúmeras tentativas de “encaixá-las” em alguma produção artística falham sucessivamente, criando situações hilárias e levando as duas moças à atitude desesperada de fugir de casa para obter a liberdade. A partir de então, a busca pelas filhas toma conta da vida de Diva Maria, que acaba se envolvendo em situações inusitadas e surpreendentes ao longo de todo o espetáculo. As Filhas da Mãe se mantém em cena há mais de duas décadas e arrebanhou um público estimado em 2 milhões e meio de pessoas, ao longo deste período. O Teatro Extra Itaim fica na Rua João Cachoeira, 899 - Itaim Bibi - São Paulo.

4 de outubro de 2016

O Santo Dialético


Para comemorar os 20 anos da companhia, o Teatro do Incêndio reestreia o espetáculo O Santo Dialético, no dia 15 de outubro, às 20h. Com texto e direção de Marcelo Marcus Fonseca, a montagem investiga os vestígios da essência ancestral do brasileiro por meio de pessoas que, vivendo em São Paulo, perderam o contato com suas origens, habitando um mundo determinado por valores urbanos. Dividido em dois atos, o espetáculo parte do ponto de vista de pessoas comuns inquietas por questões perdidas de sua própria história que vão à busca de uma mitologia que possa explicá-la. Propõe o entendimento da descaracterização do negro, do índio e do próprio europeu (transformados em outra raça), indo à procura desse “novo povo”, o brasileiro, levando cada personagem numa espécie de voo interior rumo à própria raiz. Itinerante, a peça percorre os dois andares do Teatro do Incêndio, levando o público por diversos cenários e instalações. No intervalo, pratos da culinária brasileira como baião de dois, galinhada, acarajé etc, preparados durante o primeiro ato pelo próprio diretor do espetáculo, são oferecidos ao público, por um valor à parte, em grandes mesas comunitárias. “A ideia é que o teatro seja, além de um lugar de apresentações, um espaço de agradável permanência, mesmo depois da sessão”, diz Marcelo Marcus Fonseca, autor e diretor de O Santo Dialético. O Teatro do Incêndio fica na Rua 13 de Maio, 53 - Bela Vista/SP. A temporada vai até o dia 4 de dezembro e se apresenta aos sábados (às 20h) e domingos (às 19h). Os ingressos são: Pague quanto puder (dinheiro ou cartão de débito) – Jantar: R$ 20,00 (opcional). Confira o teaser do espetáculo e prestigie o que é nosso!

3 de outubro de 2016

Filho é bom, mas dura muito


O título do livro, por si só, já é uma delícia, além, é claro, de instigar o leitor: Filho é bom, mas dura muito. O humor de Mario Prata é sutilmente ácido. Vem com um riso fácil, por vezes, requintado. Irônico e, ao mesmo tempo, polido em suas entrelinhas, o autor grafa cronicas escritas entre 1993 e 1994. Nelas, um bom exemplo daquilo que a família é capaz de produzir no gênero. O autor faz comparações entre passado e presente (no caso, um presente que já é passado há mais de 20 anos). Além disso, neste livro, o cronista também gosta de fazer suposições absurdas do futuro, tendo em vista as tendências que observava no presente da escrita. É interessante a organização das crônicas, há de se notar que elas estão em ordem alfabética e muitas terminam com um mote para a seguinte. O texto é rápido e divertido, como de costume, em se tratando de Mario Prata. Vale muito à pena ser lido!