31 de outubro de 2017

Relicário

Foto: Divulgação

Relicário faz seis apresentações na Oficina Cultural Oswald de Andrade a partir do dia 1⁰ de novembro. Com direção de Rhena de Faria, a peça é composta por oito cenas curtas, criadas a partir de estímulos da plateia. As histórias mostram situações cotidianas protagonizadas por diferentes mulheres, como mães, irmãs, filhas, amigas, colegas de trabalho, vizinhas e amantes. A Oficina Cultural Oswald de Andrade fica na Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro. As apresentações ficam até o dia 13 de dezembro, às quartas 20h. Os ingressos são gratuitos com distribuição de ingressos uma hora antes de cada sessão.

30 de outubro de 2017

Fanny


Com cenas belíssimas, a película francesa "Fanny" (2013) nos traz uma bela discussão sobre quem verdadeiramente é o pai, em brilhantes diálogos. Os conflitos crescem sólidos e são bem resolvidos. O filme é estruturado em uma história comum, mas com um dilema verossímil. A fotografia é apaixonante. Na narrativa, Marius começa uma longa viagem abandonando Fanny. Ela descobre que está grávida e se casa com um comerciante que lhe oferece um futuro confortável. Marius retorna para recuperar a sua família, mas Fanny e seu pai vão tentar dissuadi-lo. Confira o trailer!

27 de outubro de 2017

The Young Victoria


A película "The Young Victoria" ou "A jovem rainha Victoria" (2009) nos conta uma linda história em que o amor supera as intrigas e desenlaces de uma realeza. Mostra um personagem mais forte que o aparenta, contudo, sensível e humana, principalmente quando se sente confrontada. A história é bem estruturada e tem bons diálogos e dilemas crescentes e verossímeis. A direção, roteiro, fotografia, direção de arte e figurinos são impecáveis. Na narrativa, dominada por sua mãe possessiva (Miranda Richardson) desde criança, a jovem Vitória (Emily Blunt) se recusa a conceder a ela a regência nos últimos dias de seu tio, William IV (Jim Broadbent). O maior interessado em que isto ocorra é John Conroy (Mark Strong), companheiro da mãe de Vitória, que sabe que perderá poder e prestígio tão logo ela alcance a maioridade e assuma a coroa inglesa. Pouco antes de ser coroada, Vitória se aproxima de Albert (Rupert Friend), príncipe da Bélgica, que se afeiçoa a ela. Após ser coroada ela passa a ser cortejada pelo lorde Melbourne (Paul Bettany), primeiro ministro da época. Dividida entre Melbourne e Albert, Vitória se vê diante de uma crise institucional devido à sua interferência nos assuntos políticos do país. Não à toa, a película ganhou o Oscar de Melhor Figurino. Como curiosidade, os vestidos usados por E,ily Blunt custaram 10 mil libras esterlinas cada. O vestido de Vitória em seu primeiro encontro com o conselho é uma réplica do verdadeiro, atualmente exposto em um museu inglês. Um belo trabalho. Assista o trailer!

26 de outubro de 2017

Concurso para Criação e Escolha da Bandeira do Cimbaju


O Cimbaju (Consórcio Intermunicipal dos Municípios da Bacia do Juquery) lança o Concurso para Criação e Escolha da Bandeira Cimbaju. Podem se inscrever todos os alunos regularmente matriculados na Rede Municipal, Estadual e Privada de Ensino dos municípios que integram o Cimbaju. As inscrições acontecem de 1º a 31 de outubro de 2017. O resultado do concurso será informado no Dia da Bandeira deste ano, 19 de novembro. A bandeira deverá considerar os aspectos culturais, econômicos, históricos, geográficos e ambientais dos municípios de Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha e Mairiporã. O desenho da bandeira do Cimbaju deverá contemplar as cores e aspectos das bandeiras ou brasões dos municípios de Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha e Mairiporã. Acompanhado do desenho da bandeira, deverá ser apresentado memorial descritivo da elaboração artística. Como paradigma de simbologia e de memorial, apresentam-se as da bandeira nacional e da bandeira do município de Campo Grande. Informações sobre o concurso: Secretaria de Comunicação da Prefeitura do Município de Caieiras. Telefone: (11) 4445-9229.

25 de outubro de 2017

“por+vir”

Foto: Silvia Machado

A Companhia de Danças de Diadema apresenta o espetáculo “por+vir”, nos dias 27 e 28 de outubro, às 20h, no Teatro Clara Nunes, no Centro Cultural Diadema. Em 2015, para comemorar 20 anos de carreira no cenário artístico, a Companhia de Danças de Diadema promoveu um reencontro com importantes coreógrafos que, ao longo de sua trajetória, já haviam criado obras para seu repertório. A partir desse novo encontro com o elenco da Companhia, o espetáculo “por+vir” foi concebido. Assim, nove coreógrafos trouxeram a possibilidade de experimentação de momentos únicos, cada um pela sua ótica sobre a dança contemporânea. As experimentações levaram a um mosaico de movimentos, gerando assim as cenas: Nós de Nós, de Cláudia Palma; Bakú, intervenções entre cenas de Ana Bottosso; Caminhos Traçados, criação coletiva - Pedro Costa e elenco da Cia; .entre pontos., de Fernando Machado; Gárgulas, de Sandro Borelli; Esse Samba é Meu, de Sérgio Rocha, Entremeios, de Mário Nascimento; 1 + Um, de Henrique Rodovalho; e  Novena, de Luís Arrieta. Com a realização deste projeto, a Companhia de Danças de Diadema expressa seu gosto pela versatilidade, pelas múltiplas maneiras de olhar a dança. Por meio dos corpos de seus intérpretes e dos diferentes estilos desenvolvidos pelos coreógrafos, proporciona ao público um múltiplo panorama gestual e sensorial. O Teatro Clara Nunes fica na Rua Graciosa, 300 – Centro - Em Diadema, SP. A entrada é franca.

24 de outubro de 2017

D’arc - Dark

Foto: Silvia Machado

Concebido pelos coreógrafos Dinah Perry e Jorge Garcia, o espetáculo "D’Arc - Dark" estreia no dia 5 de novembro no Espaço Capital 35. A temporada segue até o dia 26 de novembro com sessões sempre aos domingos, às 19h. "D'arc - Dark" é dividido em dois atos sequenciais com 30 minutos de duração cada um. São coreografias distintas que mostram o diferente olhar dos coreógrafos para o mesmo tema, mas que se complementam ao contemplar a mulher de todos os tempos. Tanto D’arc de Dinah Perry quanto Dark de Jorge Garcia tem Joana d’Arc como inspiração: heroína francesa, santa da igreja católica e padroeira da França, ela foi chefe militar na Guerra dos Cem Anos e condenada à execução na fogueira sob a acusação de bruxaria. Dinah traz a Joana D’arc inserida nas questões da mulher contemporânea; já Garcia explora o lirismo e as dores desse arquétipo de mulher. Embora o período medieval seja pano de fundo, o espetáculo tem contexto atemporal. A coreografia de Perry reúne elementos da dança, do teatro e da expressão corporal, amarrados por textos autorais. Em foco o corpo dinâmico em combate, propondo imagens intensas às cenas. Em D’arc, a mulher aparece inserida nas mazelas do mundo atual, questionando as relações humanas ceifadas pelo poder, pela inveja e pela solidão.

A criação de Garcia aborda Joana d’Arc como símbolo do sofrimento das mulheres acusadas de bruxaria na Idade Média. O nome ‘dark’, de escuro, é uma metáfora ao nome da heroína para trazer luz ao escuro da cena e refletir sobre uma cultura que ainda se faz presente. A sensação de ser queimado e a imagem sensorial desta ação trazem para a coreografia Dark o discurso ao qual se propõe. Manipulam-se corpos em cena enquanto o sofrimento e o aprisionamento também são manipulados. Enquanto a música lírica pontua a encenação de Dinah, musicais de Björk aparecem em coro, em forma de lamento, na criação de Garcia. As apresentações acontecem nos dias 5, 12, 19 e 26 de novembro, às 19h. O Espaço Capital 35 fica na Rua Capital Federal, 35 - Perdizes (Metrô Sumaré).

23 de outubro de 2017

Ni un hombre más


A película argentina "Ni un hombre más" ou "Nenhum homem a mais" (2012) é um emaranhado de risos. A comédia é bem escrita e tem humor refinado. Com uma excelente ideia original, há bons diálogos e soluções assertivas para todas as situações levando ao público à hilaridade. A trilha sonora é ótima. Na narrativa, Charly trabalha em um hotel no meio da selva, quando chega um casal, Karla e Ricky, com um cadáver e cem mil dólares. Charly vai querer tirar vantagem da situação, mas não terá nada fácil. Atentem-se às interpretações. Assista ao trailer!

20 de outubro de 2017

O bebê que não dormia e trocava a noite pelo dia

Foto: Xan

Depois do sucesso de seu monólogo cômico “Meu Trabalho é um Parto”, em que interpreta 12 personagens, a atriz e dramaturga Veridiana Toledo volta a narrar os apuros e os dilemas enfrentados por pais de primeira viagem na comédia musical infantojuvenil "O bebê que não dormia e trocava a noite pelo dia". Escrito em 2012, o texto é levemente inspirado na experiência pessoal da autora e do diretor Marcelo Galdino com o nascimento de seu filho Ian. Na história, um casal se envolve em uma grande aventura à procura de uma solução para regular o sono de seu bebê, que trocou a noite pelo dia, fato muito comum para recém-nascidos. Depois de pedirem ajuda a um galo tradicionalista, ao Sol, a uma coruja moderna e a um coral de bichos, papai e mamãe embarcam em uma viagem ao Japão. Eles acreditam que apenas o fuso horário será capaz de ajudá-los na luta por algumas horinhas de sono. O cenário é construído com objetos e instrumentos musicais, que adquirem diferentes funções de acordo com as demandas da encenação. Um carrinho, por exemplo, é usado ora como berço, ora como carrinho de bebê, ora como um avião. Uma caixa branca é usada para a projeção de sombras e para delimitar o espaço de representação. A temporada do espetáculo inicia 21 de outubro no Teatro Jaraguá que fica na Rua Martins Fontes, 71 - Centro. A peça tem suas apresentações todos os sábados e domingos, sempre às 16h.

19 de outubro de 2017

Ficção

Foto: Ligia Jardim

De hoje até 21 de outubro, a Cia. Hiato apresenta no Sesc Vila Mariana os monólogos do espetáculo “Ficção”, em que os atores oferecem relatos biográficos para questionar a necessidade de ficção e nossa impossibilidade de abandoná-la, dissecando em cena um processo cênico. As sessões acontecem a partir das 20h30, na quinta e na sexta e, no sábado, a partir das 18h, no Auditório da Unidade, com dois atores se apresentando em cada dia. A partir de relatos biográficos de cada um dos atores, a Cia. Hiato traz instalações dramatúrgicas e cênicas acerca de questionamentos sobre a necessidade de ficção e nossa impossibilidade de abandoná-la, dissecando em cena um processo cênico. Centrados nas relações dos atores com seus familiares, serão expostos depoimentos pessoais que se instalam em um espaço ficcional. O Sesc Vila Mariana fica na Rua Pelotas, 141 - São Paulo.

18 de outubro de 2017

Rolê

Foto: Edson Kumasaka

O espetáculo jovem "Rolê" se apresenta dias 19, 20 e 21 de outubro na Oficina Cultural Oswald de Andrade. Contemplado pela 30ª edição do Programa Municipal de Fomento ao teatro para a Cidade de São Paulo, a companhia também prepara uma residência para mostrar o repertorio, celebrar o passado e estrear um novo espetáculo. Parte da mostra de repertório, o espetáculo jovem “Rolê” de Tuna Serzedello, faz 3 apresentações com entrada franca e ingressos distribuídos 1 hora antes do início das sessões. A comédia traça um panorama sobre as dificuldades da definição da sexualidade. Na narrativa, Bruno falhou com Andréia. Carina sugere que ela experimente com garotas. Felipa namorava com Letícia. Tomás namora Felipa e quer fazer uma noite a três. Bruno consegue com Carina e com Tomás. Um vídeo íntimo acaba parando no celular de todo mundo. A coordenadora não consegue compreender tantas relações. A peça se apresenta às 20h no Oficina Cultural Oswald de Andrade que fica na Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro - São Paulo.

17 de outubro de 2017

Precisa-se de Compositor com Experiência

Foto: Jonathan Silva

O Grupo Folias d'Arte é um grupo teatral que durante 20 anos de existência recebeu reconhecimento de público e crítica e com aproximadamente 50 prêmios, entre eles: Prêmio Shell, Prêmio APCA, Prêmio Molière, incluindo a participação e representação do Brasil no FITEI, Festival Internacional de Expressão Ibérica, na cidade do Porto, em Portugal, no MITE, Mostra Internacional de Teatro, em Lisboa e em Havana, Cuba, Festival Internacional de La Habana. Por falta de verba e de incentivos públicos, o espaço corre o risco de fechar. Em virtude disso, o grupo lança uma programação de Estado de Emergência, com diversas atividades que visam arrecadar fundos para a manutenção do espaço. O Galpão do Folias é um espaço de resistência que abarca apresentações e diversas atividades das mais diversas linguagens, nacionais e internacionais, como também atividades de formação e reflexão. 

E hoje, tem inicio as apresentações com o espetáculo "Precisa-se de Compositor com Experiência". O trabalho do músico capixaba paulistano Jonathan Silva traz canções inéditas que narram histórias. Histórias de personagens comuns e ao mesmo tempo inusitadas. Figuras que poderiam passar despercebidas, mas que são fisgadas pelo olhar atento do compositor, com doses de lirismo, humor e ironia. A inspiração pode vir de uma imagem, de um texto, de uma placa de “precisa-se”. Histórias de gente que passa pela Rua Glete a caminho do metrô e se depara com um músico tocando violino. Histórias que falam do amor que vira azia, que vira rancor, que vira nostalgia. Da moça de Band-Aid dentro do trem, cheia de semitons, e que confunde coco com carimbó. As narrativas têm como pano de fundo arranjos inspirados que transitam por diversos gêneros explorando uma gama de timbres: samba com viola e bateria, coco com pífanos, bolero–chiste com rabeca e guitarra. 

Mas a programação do Estado de Emergência não para por ai, confira abaixo todos os espetáculos?

Show “Precisa-se de Compositor com Experiência” (Jonathan Silva)
17 de setembro, domingo, 20h

Carne (Kiwi Cia. de Teatro)
21 de setembro, quinta, 21h

Baderna (Núcleo Bartolomeu de Depoimentos)
23 e 24 de setembro, sábado às 21h e domingo às 20h

Afinação I (Georgette Fadel)
25 de setembro, segunda, 21h

Ensaio aberto: Medea Mina Jeje
26, 27 e 28 de setembro, terça a quinta, 21h

O Galpão do Folias fica na Rua Ana Cintra, 213 - Santa Cecília - São Paulo (ao lado do metrô).

16 de outubro de 2017

Oranges and Sunshine


A história de "Oranges and Sunshine" ou "Laranjas e Sol" (2011) é ao mesmo tempo sensível, tocante, mas revoltante. O título é poético. O tema é um assunto que, mesmo com o passar dos anos, incomoda até hoje. O drama é real e profundo. A película tem uma bela fotografia e uma interpretação assertiva de Emily Watson. Na narrativa que é baseada em fatos reais, o filme conta a história de Margaret Humphreys, uma assistente social do Reino Unido responsável por descobrir um dos maiores esquemas de tráfico infantil da Europa, envolvendo o governo da Grã-Bretanha, que deportava crianças pobres de maneira forçada para países como a Austrália e o Canadá. Imperdível! Confira o trailer.

13 de outubro de 2017

Mulan


A animação "Mulan" (1998) traz a história de uma heroína às avessas contada com humor e, sobretudo, respeito à cultura chinesa. Os personagens são cativantes e bem construídos sem permear o clichê dos seus oficios. A trilha sonora é linda! Colorida e simpática, a narrativa nos fala sobre quando os mongóis invadem a China. O imperador decreta que cada família ceda um homem para o exército imperial. Com isso, uma jovem fica angustiada ao ver seu velho e doente pai ser convocado, por ser o único homem da família. Ele precisa ir, mesmo sabendo que certamente morrerá, para manter a honra da família. Assim, sua filha rouba sua armadura e espada, se disfarça de homem e se apresenta no lugar do pai, mas os espíritos dos ancestrais decidem protegê-la e ordenam a um dragão, que havia caído em desgraça, que convença a jovem a abandonar seu plano. Ele concorda, mas quando conhece a jovem descobre que ela não pode ter dissuadida e, assim, decide ajudá-la a cumprir sua perigosa missão de ir para a guerra e voltar viva. Uma curiosidade: quando Mulan canta a música "Reflection" no templo de seu pai, seu reflexo aparece na superfície polida das pedras do local. As palavras escritas nestas pedras são os nomes dos animadores da Disney que trabalharam na película, só que escritos em chinês arcaico. Uma graça de animação, confira o trailer!

12 de outubro de 2017

Home on the Range


"Home on the Range" ou "Nem que a vaca tussa" (2004) é uma boa pedida para o Dia das Crianças. Apesar de simples, a história dessa animação é repleta de emoções. A narrativa tem ritmo e a ideia original é bem criativa. Sem falar que a trilha sonora é contagiante. Na história, a fazenda Caminho do Paraíso está em pânico, pois uma ação de despejo ameaça acabar com o local. Temendo ir para o matadouro, os animais da fazenda decidem ajudar a dona a conseguir a quantia necessária para pagar a hipoteca. O alvo escolhido pelo grupo é o perigoso bandido Alameda Slim, que tem uma grande recompensa reservada para quem capturá-lo. Como curiosidade: Fernanda Montenegro, Cláudia Rodrigues e Isabela Garcia emprestam suas vozes para as três vaquinhas da trama. Confira o trailer!

11 de outubro de 2017

Dadesordemquenãoandasó

Foto: Renato Peixoto

No dia 16 de outubro reestreia na Oficina Cultural Oswald de Andrade o espetáculo "Dadesordemquenãoandasó" com direção de Carlos Baldim. A peça foi contemplada pelo edital do Prêmio Zé Renato. Davey Anderson oferece uma dramaturgia contemporânea, que instigou uma encenação que a acompanhasse nessa experimentação de linguagem, propondo a mistura de elementos épicos e dramáticos, e utilizando o espaço cênico com uma mescla de teatro e cinema. Na narrativa, a história de uma família de classe média. Por causa da ausência do marido, Maureen trabalha em diversos lugares e não tem tempo para cuidar dos filhos. Stevie, portador da síndrome de aspenger, é deixado sozinho no seu quarto ao seu próprio cuidado, enquanto sua irmã, a adolescente Julie, faz tentativas desastradas de entrar no mundo adulto. Julie resolve sair escondida descumprindo o combinado com sua mãe. Preocupado com o paradeiro da irmã, Stevie resolve procurá-la e acaba indo parar no Parque de Diversões e sem intenção acaba causando um grande acidente: ele acredita ter se tornado um assassino. A partir daí, inicia-se uma história permeada de encontros e desencontros que mistura ficção, realidade e poesia, na qual Stevie procura compreender, solitário, as consequências dessa intensa e inesquecível aventura. A temporada acontece todas as segundas e terças às 20h e os ingressos são gratuitos.

10 de outubro de 2017

Colegas no Teatro

Foto: João Caldas Filho

Vencedor de vários prêmios no Festival de Gramado, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Festival de Toronto (Canadá), "Colegas", de Marcelo Galvão, cria uma discussão sobre a vida de pessoas com Síndrome de Down e a inclusão, sem ser melodramático, didático ou piegas. A versão teatral da obra, intitulada "Colegas no Teatro" volta a discutir as ideias de normalidade e diferença. Essas noções não seriam apenas uma questão de ponto de vista? A trama, que estreia no dia 13 de outubro, narra a saga de três amigos cinéfilos, Márcio (João Simões Junior), Stallone (Ian Pereira) e Aninha (Giulia Merigo), que trabalham na videoteca do instituto onde moram. Certo dia, decidem fugir da instituição para tentar realizar seus sonhos, conhecer o mundo e sair do tédio daquele cotidiano em que vivem. Stallone quer ver o mar; Aninha, casar; e Márcio, voar. O elenco é completado por Daniel Dottori e Adriana Mendonça que se revezam em diferentes papéis,  além de Ricardo Côrte Real, que interpreta o jardineiro do Instituto, Arlindo. A comédia explora de forma poética como a felicidade pode ser encontrada nas coisas simples da vida. Os três protagonistas, originalmente interpretados por Ariel Goldenberg (ganhador do prêmio de melhor ator no Festival de Toronto), Rita Pook e Breno Viola, são vividos respectivamente por: Ian Pereira, Giulia Merigo e João Simões Junior na versão teatral. A peça estreia no Auditório do MASP (Avenida Paulista, 1578) e fica até o dia 10 de dezembro, sextas e sábados às 21h e domingo as 20h.

9 de outubro de 2017

A Taieira de Sergipe


O livro "A Taieira de Sergipe", de Beatriz Góis Dantas é um estudo esmiuçado e em sua totalidade sobre uma dança folclórica da região nordeste e, mais especificamente, do estado de Sergipe. O termo Taieira aparece em diferentes grafias e sentidos. Pode ser um fato ou grupo folclórico, bem como apenas uma indicação para denominar as dançarinas que integram tal festejo. O texto é de 1972 e revela o fenômeno cultural com certo requinte de detalhes, desde os cantos, posições e dinâmicas das danças, bem como seus personagens e participantes. A pesquisa foi realizada durante vários meses no interior de Sergipe. Talvez esta seja a primeira obra com tanta minuciosidade. Sabe-se que, até esta publicação, os folcloristas brasileiros sempre trataram o assunto através de breves referências. Desconheço outra obra que o faça. A autora tem ritmo em seu texto e, a cada linha lida, temos vontade de terminar logo a obra. É bom que se diga que todo curioso voraz não deve se ater apenas aos best sellers, por isto a dica deste livro. Interessantíssimo!

6 de outubro de 2017

Eastern Promises


O suspense "Eastern Promises" ou "Senhores do crime" (2007) é perfeitamente delineado no que tange a sua história. A direção é pura expectativa. O roteiro é bem estruturado e os podres da máfia caminham ao lado de uma figura de uma figura maioral inconfiável, mas que surpreende ao defender a sua família. As peças do quebra-cabeça se encaixam entre pistas e recompensas de forma peculiar. Na narrativa, Anna (Naomi Watts) é uma parteira que trabalha em um hospital de Londres. Um dia ela testemunha a morte de uma jovem, durante um parto realizado em pleno Natal. Ela decide dar a notícia de seu falecimento pessoalmente, o que a faz pesquisar sobre sua identidade e família. A busca acaba colocando-a em contato com o lucrativo tráfico do sexo, comandado por uma organização criminosa da Rússia. Logo Anna conhece Nikolai (Viggo Mortensen), um homem violento e misterioso que é mais do que aparenta. Assista o trailer!

5 de outubro de 2017

Pedaço de mim

Foto:Renata Fontana e Drica Fontana

"Pedaço de mim" estreia no Teatro Augusta em 7 de outubro. Na narrativa, uma mulher com Transtorno Borderline, que teve uma de suas pernas amputada, conversa com o público sobre questões de seu cotidiano. Ela só encontra alívio para sua dor emocional por meio da dor física. A dramaturgia adota esse transtorno psiquiátrico para criar uma reflexão sobre os movimentos autodestrutivos e autopunitivos do ser humano em diferentes níveis, da automutilação dos distúrbios psiquiátricos às situações comuns praticadas por todos nós. “Pedaço de Mim”, de Bernardo de Gregorio, estreia no Teatro Augusta que fica na Rua Augusta, 943 - Cerqueira César. A peça ficará em cartaz até o dia 3 de dezembro, aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 19h.

4 de outubro de 2017

A Menina Índigo


A história da película brasileira "A Menina Índigo" (2017) além de belíssima, é sensível, mesmo para uma trama simples. A narrativa é bem estruturada, os diálogos são assertivos e o roteiro é bem costurado. Há claras pistas e recompensas alinhadas ao contexto. O tema abordado é claro e não deixa margem de dúvidas como adentra o coração dos mais desavisados. A narrativa tem brilho e é, ao mesmo tempo, despretensiosa. Um luxo! Não temos como deixar de notar a delicadeza na fotografia com suas cores que conquistam com, digamos, certa primazia. A direção é criativa e comprova cada vez mais a competência de Wagner de Assis no cenário nacional e internacional. A atuação de Letícia Braga conquista. Murilo Rosa cresce seu personagem perceptivelmente no filme, qualidade de bons atores. Na trama, diferente das outras crianças, Sofia descobre em meio as suas habilidades de pintar o dom de conseguir curar doenças. A notícia acaba se espalhando e chega nas mãos de uma jornalista sensacionalista. Para proteger a garota, seus pais separados precisam se unir. O filme vale à pena ser assistido! Em meio a tantas notícias ruins que nos chegam diariamente, a película é um sopro de esperança para nossas almas. Os mais sensitivos sairão de lá, certamente, desnorteados com tamanha beleza fílmica. Confira o trailer!



A Vida em Vermelho

Foto: Flávia Canavarro

Texto inédito de Aimar Labaki, “A Vida em Vermelho” imagina encontro entre Bertolt Brecht e Edith Piaf. No elenco: Letícia Sabatella e Fernando Alves Pinto. Dirigido por Bruno Perillo, o espetáculo estreia em 6 de outubro no Sesc Santo André e dia 10 de novembro no Sesc Santo Amaro. Dois dos maiores artistas do século 20, a cantora francesa Edith Piaf (1915-1963) e o poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956) conversam sobre suas vidas, obras, anseios, angústias, medos, sonhos e realizações. Esse improvável encontro traz à tona um potente embate entre duas ideologias e visões de mundo radicalmente opostas. O encontro é usado para evocar uma série de temas importantes tanto para o Brasil como para o mundo contemporâneo. Letícia Sabatella e Fernando Alves Pinto interpretam os protagonistas e outros personagens que vão invadindo a ação. O espetáculo acontece no Sesc Santo André, de 6 a 22 de Outubro, às sextas, às 21h. Sábados, às 20h. Domingo, às 19h. 

3 de outubro de 2017

Bug Chaser

Foto: Alice Jardim

Reestreia amanhã o espetáculo "Bug Chaser" no Teatro do Núcleo Experimental. A Cia. Artera de Teatro discute a relação entre o risco e prazer com a prática do barebacking (sexo sem preservativo) e bugchasing (quando um homem saudável procura, deliberadamente, ter relações sexuais outro homem com HIV positivo para ser infectado). A peça gira em torno de Mark (interpretado por Ricardo Corrêa – que também assina a dramaturgia). Na narrativa, Mark está em uma quarentena sendo analisado por uma voz, um programa de inteligência artificial. Em fragmentos e saltos atemporais, a peça conta a saga desse homem, um advogado criminalista que busca se infectar propositalmente, uma subcultura pouco discutida na comunidade LGBT contemporânea. O Teatro do Núcleo Experimental fica na Rua Barra Funda, 637. A temporada fica até o dia 30 de novembro – quartas e quintas às 21h.

2 de outubro de 2017

Gatos


"Gatos", de Marty Becker e Gina Spadafori, é um livro, digamos, recomendável para tutores de felinos iniciantes na nobre jornada, repleta de amor, ou ainda para àqueles que estão pensando em adotar um desses bichanos conquistadores. As perguntas são óbvias e rasas para àqueles que já convivem com tais peludos, contudo, é sempre informação. Nenhuma extremamente preciosa para estes últimos citados. A leitura é clara e acessível a todos, além de, por vezes, ter um toque de humor aqui e acolá. O que deixa o livro extremamente agradável em suas entrelinhas. Na proposta do exemplar, os autores apresentam 101 perguntas sobre os gatos: curiosidades, informações veterinárias, mitos e verdades. Por que os olhos dos gatos brilham à noite? Os gatos sempre caem de pé? Por que a íris do gato se contrai na vertical? Os gatos precisam tomar banho? Cães e gatos são realmente inimigos mortais? Os gatos só ronronam quando estão felizes? Os gatos podem andar presos a coleiras, como os cães? Podemos ensinar um gato a fazer truques e piruetas?