31 de janeiro de 2018

Tássia Reis


Tássia Reis traz em sua história, ou em seu DNA, o Hip Hop. Nas melodias, além da doce voz com timbre leve, há um suingue e balanço únicos. Em 2011, sua primeira aparição oficial ocorreu com a participação do trabalho do rapper AXL no álbum "Quando é Preciso Voltar", participando dos refrões de três faixas. Depois cantou no single "Sonhos e Sombras", lançado em 2013 . E, então, a rapper paulistana lançou o álbum "Outra Esfera", gratuitamente na internet. Em suas canções, podemos nos aproximar da fala do controle do corpo da mulher negra, da luta diária contra o machismo, da liberdade de ser e usar o que quiser. Em suas músicas, certamente, encontra-se sua história. Vale à pena conhecê-la. Aqui, a faixa "Semana Vem".

30 de janeiro de 2018

Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro

Foto: Carlos Goff

Contemplado pela a 5ª Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro, o grupo paulistano O Buraco d’Oráculo comemora 20 anos de história com a montagem de "Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro", cuja estreia ocorre no formato de circulação pelas cinco regiões da cidade de São Paulo. As 20 apresentações gratuitas acontecem no período de 4 de fevereiro a 25 de março, privilegiando os espaços públicos ocupados por coletivo de artes. O espetáculo, dirigido por Elizete Gomes, é uma intervenção urbana, um mosaico de poemas extraídos da obra de Ray Lima que foram costurados dramaturgicamente a partir do conceito da cenopoesia: expressão artística que mistura imagens, gestos, canções e palavras na composição de uma mesma expressão artística. Os fragmentos poéticos que permeiam a encenação convergem para um tema central: a séria questão político-social da disputa de poder.

Os locais de apresentação são: Praça do Casarão (Jardim Helena), Teatro Flávio Império (Cangaíba), Teatro Pandora (Perus), Ocupação Casa no Meio do Mundo (Jardim Brasil), Largo São Bento (Centro), Cine Campinho (Jardim Bandeirantes), Conjunto Residencial Prestes Maia (Cidade Tiradentes), Centro Cultural Arte em Construção (Cidade Tiradentes) e Sarau Pretas Peri (Itaim Paulista), Comunidade Quilombaque (Perus), Ocupação Coragem (Itaquera), Parque São Rafael, Largo do Campo Limpo, Casa de Cultura Salvador Ligabue (Freguesia do Ó), Arsenal da Esperança (Bresser), CDC Vento Leste (Cidade Patriarca) e Ocupação Canhoba (Perus). A programação completa encontra-se no site do grupo: http://www.buracodoraculo.com.br/.

29 de janeiro de 2018

História de longeperto


As duas narrativas relacionadas ao título do livro tem imaginação nas entrelinhas, o suficiente para encantar os leitores. Há também uma certa poesia, sutil, mas bem delineada. As histórias são encantadoras. O livro "Histórias de longeperto", de Prisca Agustoni, reúne duas narrativas que tratam com sensibilidade o tema do relacionamento entre as pessoas. Em "O violinista da felicidade" o leitor é levado a um vilarejo onde a magia da música aproxima todos os moradores. Já em "A terra sem relógios" fala-se da amizade entre um menino e um viajante. Uma leitura envolvente!

26 de janeiro de 2018

All the Pretty Horses


O roteiro de "All the Pretty Horses" ou "Espírito Selvagem" (2000) é bem estruturado e tem bons conflitos. O desenvolvimento da história é acertado e tem pontos de viradas bem definidos. Além da narrativa, a fotografia é excelente e a direção é dinâmica. Na história, após o término da Segunda Guerra Mundial, John Grady (Matt Damon) e Lacey Rawlins (Henry Thomas), dois jovens texanos, retornam à suas casas e logo partem em viagem em direção ao sul, buscando fugir dos problemas de casa e correndo atrás de aventuras. No caminho ganham a companhia de outro parceiro (Lucas Black) e, em terras mexicanas, um deles se envolve com a bela filha (Penélope Cruz) de um fazendeiro local (Rubén Blades).

25 de janeiro de 2018

O Jardim

Foto: Ligia Jardim

O premiado espetáculo "O Jardim" reestreia no Teatro João Caetano dia 9 de fevereiro. Com direção e dramaturgia de Leonardo Moreira, a montagem pretende se conectar ao público por meio de uma narrativa múltipla, reinventada pela reapropriação de episódios clássicos da literatura, da poesia de histórias ordinárias que saltam dos depoimentos colhidos em visitas a asilos e casas de repouso, das fotografias e a narrativa extremamente emocional do fotógrafo Philip Toledano, além dos escritos verídicos de um esquizofrênico e depoimentos pessoais dos atores-criadores. “O espetáculo também se apresenta como experiência pessoal, por meio do compartilhamento entre nossa história, a história que inventamos e a história do público. Essa perspectiva gera um olhar sobre o que nos dá a sensação de ‘pertencimento’ e nos conecta às nossas origens”, explica Leonardo Moreira. Na sinopse, três histórias pertencentes a tempos diferentes se cruzam, se sobrepõem e se chocam para formar uma paisagem a ser contemplada pelo espectador: um jardim que une as memórias que perdemos, as memórias que não podem ser apagadas e ainda aquelas que imaginamos. O espetáculo parte de lembranças reais do diretor/dramaturgo e dos atores para refletir, por meio de narrativas bem-humoradas e tocantes, sobre a perda de memória e a construção de nossas histórias individuais. A memória é um instrumento para se questionar nossa percepção coesa e coerente da realidade. O espetáculo também se apresenta como experiência pessoal, por meio do compartilhamento entre as histórias da companhia, que os artistas inventaram e do público. A Cia. Hiato se apresentará no Teatro Municipal João Caetano (Rua Borges Lagoa, 650 - Vila Clementino- São Paulo), às sextas-feiras e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h.

24 de janeiro de 2018

Telhado de Ninguém

Foto: Paulo Barbuto

Com direção de Mark Bromilow, espetáculo circense "Telhado de Ninguém" tem temporada no Centro Cultural São Paulo até o dia 28 de janeiro. O espetáculo teatral, circense e musical explora o cenário de forma inusitada e lúdica, unindo as linguagens do circo e do teatro. Um telhado, uma chaminé, uma antena e um poste de luz se transformam em aparelhos de circo, ganhando vida por meio do corpo dos artistas, que se equilibram, dançam e fazem acrobacias. Inspirado no universo do cinema mudo, esse é um espetáculo não-verbal em que toda a comunicação é feita pela linguagem gestual e pela música tocada ao vivo, que acompanha e pontua a ação. Os temas são relevantes para os jovens, em particular a responsabilidade ambiental, a reciclagem, a cooperação interpessoal e a sensibilidade cultural. Nosso telhado é uma metáfora para o planeta, um recurso limitado que só pode ser sustentado pelo respeito ao meio ambiente e pelo respeito mútuo de todos os que o habitam. Na narrativa, dois personagens vindos de culturas diferentes naufragam no telhado de uma casa submersa no lixo. Ilhados e sem ter para onde ir, eles são obrigados a conviver para sobreviver. A situação se torna ainda mais complexa com a aparição de um terceiro personagem, um rato que vive no forro do telhado e provoca muitos conflitos. A entrada para o espetáculo é gratuita e a Companhia do Polvo se apresentará nos dias 25, 27 e 28 de janeiro, às 15h. O CCSP fica na Rua Vergueiro, 1000 - Liberdade - São Paulo.

23 de janeiro de 2018

Funâmbul@s

Foto: Leekyung Kim

Eric Lenate dirige "Funâmbul@s", novo texto de Priscila Gontijo que estreia dia 2 de fevereiro no Centro Cultural São Paulo. As irmãs Ana, Clara e Júlia têm vidas bem diferentes. Ana é dramaturga e dá aulas de teatro na periferia; Clara, a mais velha, tem um casamento turbulento; e a caçula Júlia é artista, mas precisa trabalhar como garçonete para pagar as contas. Elas se reúnem para cuidar de seu velho pai Augusto, que foi escritor e professor universitário e hoje sofre de uma doença que provoca confusão mental. "Funâmbul@s" se passa em três realidades distintas, que se sobrepõem: a vida propriamente dita, o sonho e uma peça de teatro sobre as irmãs que está sendo escrita por Ana. Texto de Priscila Gontijo tem direção de Eric Lenate e os atores Michelle Boesche, Rafaela Cassol, Vanise Carneiro e Luiz Serra no elenco. O CCSP fica na Rua Vergueiro, 100 - Paraíso e as apresentações acontecem todas às sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 20h na Sala Jardel Filho. 

22 de janeiro de 2018

Eu tinha um gato branco que fugiu


Com uma rima deliciosa e uma ilustração encantadora, o livro "Eu tinha um gato branco que fugiu", de Iacyr Anderson Freitas, traz um universo bem próximo da criança: escola, bichos de estimação e sentimentos corriqueiros vividos por ela e em seu entorno. Na narrativa, tudo começa quando a escola da Dona Rita lança um concurso de redação. O tema não poderia ser melhor: bicho de estimação. Mas aparece um menino que perdeu seu gato branco e escreve uma redação, feita de uma frase só... Vale à pena conferir!

19 de janeiro de 2018

Camino


Já em sua primeira cena, o drama espanhol "Camino" (2008) diz para que veio. O tema polêmico é tratado com muita criatividade e maestria. Os personagens são fortes, bem definidos e construídos, e, totalmente verossímeis. Há uma bela fotografia e direção. As imagens simbólicas são bem elaboradas em seus conceitos. Não há como não notar a fantástica interpretação de Nerea Camacho: singular! Na narrativa, Camino (Nerea Camacho) é uma menina de onze anos de idade que se depara com dois grandes eventos: o amor e a morte, desafios aos quais precisa vencer. O caminho é árduo e os obstáculos são grandes, mas a menina possui uma alma luminosa e um coração valente, dois atributos que fazem com que ela não desista e continue lutando e tentando vencer. Um excelente filme!

18 de janeiro de 2018

Aproximando-se de A Fera na Selva

Foto: João Caldas Filho

O espetáculo "Aproximando-se de A Fera na Selva" de Marina Corazza e com direção de Malú Bazán estreia dia 2 de fevereiro no Centro Cultural São Paulo. Com Gabriel Miziara e Helô Cintra no elenco, a peça foi escrita a partir do livro “A Fera na Selva”, de Henry James e das biografias dos escritores norte- americanos Henry James (1843-1916) e Constance Fenimore Woolson (1840-1894). “As personagens da peça são amarradas pelas convenções sociais, ao mesmo tempo muito solitárias e de uma sensibilidade extrema, busquei inspiração em alguns artistas plásticos, além das obras literárias, para adentrar neste universo. Edward Hopper, por exemplo nos traz a solidão impressa em suas obras, algumas telas de Monet e Magritte, além de uma tela pintada pelo dramaturgo Strindberg, me trazem de diferentes formas, uma existência velada e profunda”, comenta a diretora. Na narrativa, a peça aborda a relação de amizade entre os escritores Henry James e Constance Fenimore Woolson. Dois atores transitam entre as personagens reais e as personagens fictícias criadas pelos escritores, lançando um olhar particular sobre suas relações. Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados 1 hora antes nas bilheterias do CCSP - Centro Cultural São Paulo (não há reserva online). O espetáculo acontece às quinta, sexta e sábado às 21h. Domingo às 20h. 

17 de janeiro de 2018

Jongo e samba de roda

Foto: Divulgação

No próximo dia 21 de janeiro, a Companhia Banto (Cia.Banto) fundada em Campo Grande na Zona Oeste do Rio completa 12 anos e realizará vários eventos como: oficinas, rodas de cultura, palestras, shows ao longo deste ano para comemorar a data. O primeiro evento acontecerá em frente a praia do posto 5 em Copacabana. Na Roda de Cultura o grupo irá cantar novas músicas do seu último CD e outros sucessos autorais de samba de roda e jongo e clássicos resgatando a memória das danças folclóricas. E tudo de uma forma espontânea para que todos possam participar e se integrar. A agenda do grupo está disponível nas redes sociais e a intenção é se reunir todo terceiro domingo do mês em Copacabana. Temos que levar mais arte para mais pessoas em mais lugares”, diz Carla Africana (foto), coordenadora e fundadora da Companhia. A apresentação acontecerá em Copacabana Palace - Posto 5 - Rio de Janeiro, a partir das 17h.

16 de janeiro de 2018

A Mulher de Bath

Foto: Daniel Chiacos

Maitê Proença vive “A Mulher de Bath” no Sesc Bom Retiro. A peça estreia dia 25 de janeiro. Na narrativa, uma mulher de vasta experiência conta a história de sua vida, seus amores incansáveis, seus rancores, paixões e vinganças, suas traições e sua grandeza, seu conhecimento profundo do pecado, da salvação e do espírito humano. Com ardorosa oratória, sua história, ao mesmo tempo inusitada e exemplar, universal e única, é revelada por ela à beira de uma estrada, em plena Inglaterra medieval. Alice é viúva de cinco maridos e está em busca do sexto. Religiosa, não pode pecar e reza fervorosamente pela morte dos esposos para poder, assim, renovar o seu plantel.

A mulher de Bath é um dos personagens da obra “Contos da Cantuária”, de Geoffrey Chaucer, uma das figuras basilares da literatura ocidental, precursora de Shakespeare e do indivíduo moderno. Os "Contos da Cantuária", escritos em 1380 e publicados pela primeira vez em 1475, faz parte das obras fundadoras da literatura inglesa. A premiada tradução de José Francisco Botelho busca inspiração na poesia popular brasileira, do repente nordestino à trova gaúcha. Seus versos, que recriam os de Chaucer, são referência e objeto de estudo internacional, apostando em um sonho épico: a universalização da cultura brasileira. O Sesc Bom Retiro fica na Al. Nothmann, 185 – Campos Elíseos – São Paulo. O espetáculo apresenta-se às Quinta, 18h Sexta e Sábado, às 21h. Domingo, às 18h.

15 de janeiro de 2018

Histórias de parar o trânsito


A coleção infantojuvenil "Histórias de parar o trânsito" relata o cotidiano com situações correlatas ao aprendizado e conhecimento das leis de trânsito. Nem sempre óbvias, mas eficazes. A começar pelos títulos dos livros, a autora Neusa Sorrenti liberta o leitor de uma didática chata. A linguagem literária é clara e objetiva. Alguns dos títulos da coleção são: "Raio de bicicleta", Antes a pé que mal motorizado", "Ases do volante", "Os donos do pedaço", "Adeus, jardineira", "Dois sonhos em Rio Calmo", "Na poeira e no asfalto" e "O pé sujo da Serra Verde". Uma boa pedida para as férias da criançada!

12 de janeiro de 2018

The Forgotten


O suspense americano, "The Forgotten" ou "Os esquecidos" (2004) tem uma excelente ideia original e direção criativa. Julianne Moore tem uma boa atuação e cativa a audiência. A trama é bem desenvolvida em sua crescente ansiedade e incerteza. Os diálogos são eficientes. 

Na narrativa, Kelly Paretta (Julianne Moore) é uma mulher atormentada com a morte de San, seu filho pequeno, em um acidente aéreo ocorrido há pouco mais de um ano. Cada vez mais, ela se afasta de seu marido, Jim (Anthony Edwards). Ao visitar o Dr. Munce (Gary Sinise), seu psiquiatra, ele lhe diz que seu filho nunca existiu e que ela inventou todas as lembranças que possui em relação a ele. Chocada, Kelly começa a procurar provas da existência de Sam entre seus pertences, mas tudo desapareceu. Acreditando estar enlouquecendo, Kelly consegue encontrar Ash Correll (Dominic West), o pai de outra criança que também foi vítima do acidente. Juntos eles tentam encontrar provas da existência de seus filhos e recuperar a sanidade. 

Uma curiosidade de produção: com exceção das cenas que mostram as memórias de Kelly, em todos os demais acontecimentos os personagens usam roupas pretas. Um bom filme!

11 de janeiro de 2018

Forever Young

Foto: Paprica Fotografia

A comédia musical “Forever Young” chega ao Teatro Fernando Torres no próximo dia 19 de janeiro. A novidade é a entrada de Nany People no elenco. A direção é Jarbas Homem de Mello, tradução e adaptação de Henrique Benjamin e direção musical de Miguel Briamonte (piano ao vivo). Com grandes hits mundiais do pop e rock, o espetáculo apresenta seis grandes atores que representam a si mesmos no futuro, quase centenários. Apesar das dificuldades eles continuam cantando, se divertindo e amando. Tudo acontece no palco de um teatro, que foi transformado em retiro para artistas, sempre sob a supervisão de uma enfermeira. Quando ela se ausenta, os simpáticos senhores se transformam e revelam suas verdadeiras personalidades através do bom e velho rock’n’roll  mostrando que o sonho ainda não acabou e que eles são eternamente jovens.   A comédia musical aborda a temática da exclusão social na “melhor idade”.

Os hits são sucessos do rock e pop mundial de diversos anos, passando pelas décadas de 50, 60, 70, 80 até chegar aos anos 90. Músicas que são verdadeiros hinos como I Love Rock and Roll, Smells Like a Teen Spirit, I Will Survive, I Got You Babe, Roxanne, Rehab, Satisfaction, Sweet Dreams, Music, San Francisco, California Dream in, Let It Be, Imagine, e a emblemática Forever Young. Já o repertório nacional conta com canções como Eu nasci há 10 mil anos atrás de Raul Seixas, Do Leme ao Pontal de Tim Maia e Valsinha de Chico Buarque. O Teatro Fernando Torres fica na Rua Padre Estevão Pernet, 588 – Tatuapé - São Paulo e as apresentações serão às Sextas 21h30, Sábado 21h e Domingo 19h. 

10 de janeiro de 2018

A casa das Mariquinhas

Foto: Rafael Sampaio

O espetáculo musical "A Casa da Mariquinhas - Um cabaré português com Poesia e Fado" reestreia no dia 20 de janeiro no Botequim Contra Regra da Cia da Revista, onde permanece em cartaz até o dia 11 de março. Tradicional estilo musical de Portugal, o fado dá o tom ao espetáculo que tem roteiro e concepção de Helder Mariani e direção de Dagoberto Feliz. No palco, os atores-cantores - Helder Mariani, Katia Naiane, Ricardo Arantes, eSilmara Deon costuram poesias de autores expressivos da literatura portuguesa como Fernando Pessoa, Florbela Espanca, José Régio e Bocage aos fados que marcaram a cultura lusitana. Entre as músicas, “É Loucura”, “Só Nós Dois É que Sabemos”, “Perseguição”, “Casa Portuguesa”, “Grândola Vila Morena”, “Esquina de Rua”, “Maldição” e “Estranha Forma de Vida”, além da canção-título “A Casa da Mariquinhas”. Os espectadores, sentados em mesas espalhadas pelo salão da Cia da Revista, são envolvidos pela atmosfera dos antigos cabarés, como nos ambientes chamados “fado vadio”, em que as pessoas cantavam e bebiam junto com os fadistas. No passado, "A Casa da Mariquinhas" foi uma animada casa de raparigas, onde os frequentadores se encontravam para contar da vida e cantar o fado. A Casa foi leiloada e se tornou uma respeitável e discreta casa de penhor. Do antigo estabelecimento nada sobrou, nem mesmo as tabuinhas nas janelas para evitar os fuxicos. O espetáculo acontecerá aos sábados e domingos, às 18h na Cia da Revista – Botequim Contra Regra que fica na Alameda Nothmann, 1135 - Campos Elíseos - São Paulo. 

9 de janeiro de 2018

João da Cruz

Foto: Danilo Batista

Inspirado nos escritos de São João da Cruz, poeta e místico espanhol do século XVI, o espetáculo "João da Cruz" estreia no dia 19 de janeiro na Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos, às 20 horas. A montagem é um solo de Conrado Caputo com dramaturgia e encenação de Helder Mariani. A temporada segue até o dia 23 de fevereiro com sessões sempre às sextas-feiras, às 20 horas. A ação se passa durante nove meses em que o Frei João da Cruz - canonizado São João da Cruz pela Igreja Católica, em 1726 - foi prisioneiro dos Carmelitas Calçados, seus próprios confrades, numa cela minúscula do Convento de Toledo. Trata-se de um monólogo que retrata a obra literária de São João da Cruz com suas ideias radicais, tanto na palavra escrita quanto na prática de vida, e suas contradições existenciais. Consumido por uma sede infinita de Deus, o poeta carmelita luta para renovar a Igreja do seu tempo. A ação se passa no período em que Frei João da Cruz esteve prisioneiro e humilhado pelos seus próprios confrades numa cela minúscula do Convento de Toledo. A Casa das Rosas fica na Av. Paulista, 37 - Paraíso - São Paulo.

8 de janeiro de 2018

Viagem ao centro da Terra


O livro "Viagem ao centro da Terra" do escritor francês Júlio Verne é pura ficção científica. Não por menos, o autor é considerado o inventor deste gênero, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, tais como submarinos, máquinas voadoras e viagem à lua. Só para contextualizar, o autor viveu entre 1828 e 1905, ou seja, um artista visionário. Nesta obra em questão, do ano de 1864, Verne se atém a pura geologia, abismos, rios subterrâneos e vulcões. A linguagem é clara e flui naturalmente, sem grandes peripécias literárias. Pura aventura, diria. Na narrativa, em pleno século XIX, o renomado cientista e professor de geologia e mineralogia alemão, Otto Lidenbrock, após ter encontrado um manuscrito escrito em código rúnico pelo antigo alquimista islandês do século XVI, Arne Saknussemm, e de o ter decifrado, ele descobre que quem desce a cratera do vulcão Sneffels, situado na Islândia, antes do início de julho, se chega ao centro da Terra. Querendo também realizar tal feito, Otto e o seu sobrinho Axel, partem para a Islândia com o intuito de penetrar no interior da crosta terrestre. E então começa a aventura contada sob o ponto de vista de Axel. Um livro que entretém e é extremamente curioso sob a perspectiva do autor, bastante visionária e excêntrica para a época.